São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2008

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"Que crise?", pergunta líder mundial da Fiat

MARCELO NINIO
ENVIADO ESPECIAL A ROMA

"Crise, que crise?" Essa foi a reação do presidente mundial da Fiat, Sergio Marchionne, ao ser questionado sobre o possível impacto das turbulências financeiras globais nos investimentos da empresa no Brasil.
Marchionne foi um dos cinco empresários italianos com quem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ontem, na embaixada do Brasil em Roma. Também estiveram com Lula os presidentes da empresa de energia Enel, da Telecom Itália e da Legacoop, uma cooperativa italiana.
Marchionne não escondeu o otimismo em relação à economia brasileira. "Temos que ser cautelosos para não confundir o Brasil com o resto do mundo", disse o empresário. "Vocês não têm a crise financeira que Estados Unidos e Europa têm. De todos os lugares do mundo para estarmos hoje, o Brasil não é um mau lugar."
Apesar de reconhecer que a Fiat está revendo seus investimentos, afirmou que nenhum deles será adiado no Brasil.
Para Marchionne, a "estrutura da crise" no Brasil, onde pesam as oscilações cambiais, é "fundamentalmente" diferente da de outros países, como os EUA.
A previsão de Marchionne é que a crise para o Brasil não será longa. "É um problema temporário, não de natureza global, como em outros países", disse. Para ele, as condições de crédito poderão voltar ao normal dentro de 90 dias.


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