DA REDAÇÃO

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiu, ontem, em reunião de seus ministros em Viena, que irá pôr um freio no excedente da cota de produção de petróleo de seus países-membros. A produção total, no entanto, deverá aumentar.
A decisão, somada à greve na Venezuela e à possibilidade de guerra contra o Iraque, fez o preço do produto subir no mercado.
O preço do barril em Londres subiu ontem 2,36%, chegando a US$ 26,87. Em Nova York, o preço subiu 2,23%, para US$ 28,01.
Os ministros da Opep afirmaram ter decidido aumentar a produção formal, enquanto diminuem a produção atual, aumentando a disciplina das cotas.
Hoje, os países da Opep produzem 21,7 milhões de barris por dia, o equivalente à 28,5% da demanda mundial.
Esse volume de produção é a cota que o cartel determina -e que é rateada entre seus membros- para manter o preço em um nível "razoável", ou seja, acima de US$ 25 o barril.
Na reunião, foi decidido que a cota subiria para 23 milhões de barris por dia, mas não poderia ser ultrapassada. Isso porque há um excedente crônico da cota de cerca de 3 milhões de barris por dia. Os ministros disseram ter concordado que a produção atual deveria diminuir de 1,5 milhão a 1,7 milhão de barris por dia.
Alguns analistas, no entanto, demonstram ceticismo em relação à vontade da Opep de manter a disciplina nas cotas.

Venezuela
A produção de petróleo na Venezuela caiu para menos de um terço do normal. A razão disso é a greve geral deflagrada no país por opositores do presidente Hugo Chávez. O país é um produtor-chave no abastecimento dos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de petróleo.
O país fez ontem seu primeiro despacho de petróleo desde que a greve começou, há 12 dias. A carga, no entanto, ia para uma refinaria doméstica, não para o mercado internacional.


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