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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Consultoria põe em dúvida estratégia do BC
A estratégia do Banco Central de combater a valorização
do real por meio de um reforço
de suas operações de intervenção do câmbio gera dúvidas, caso se mantenha isolada, sobre
se terá eficácia duradoura.
A avaliação é da LCA Consultores, do economista Luciano
Coutinho, em texto preparado
para os seus clientes. A consultoria diz que o nó da questão,
hoje, do ponto de vista das variáveis macroeconômicas, diz
respeito ao câmbio e, por extensão, à taxa básica de juros.
A tendência é que deverá
continuar o processo de valorização do real, diante dos diversos sinais otimistas emitidos
pela economia brasileira e do
cenário externo altamente favorável. O desafio é gerir a bonança com critério.
Para a consultoria, a mais recente decisão do Copom e a ata
também contribuíram para essa sinalização.
A LCA aponta medidas que
favoreçam uma trajetória do
câmbio em direção a um patamar mais competitivo. Entre
elas, sugere uma redução mais
rápida da Selic em relação à trajetória projetada pelo mercado
e uma intervenção cambial
mais intensa do que a que se
tem verificado hoje, mesmo
que implique custos fiscais e
pressione moderada e transitoriamente a inflação.
O documento da LCA também levanta dúvidas sobre a
eficácia do PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento).
Segundo o texto, também é duvidoso que o PAC possa se revelar, por si só, suficiente para estimular uma aceleração do investimento privado e, portanto,
do crescimento.
Para a consultoria, além dos
vários entraves (políticos, burocráticos, jurídicos), também
se deve levar em conta que o
êxito do programa depende de
gerar confiança e mobilização
do setor privado. "Este último
requisito é perturbado pelo nível atual de juros e, sobretudo,
pela posição presente e as perspectivas preocupantes da taxa
de câmbio."
De acordo com a LCA, o surto
de importações do ano passado,
que subtraiu mais de um ponto
percentual de crescimento do
PIB, é evidência de que o nível
atual do câmbio emite uma sinalização deletéria para as expectativas de vários setores
empresariais.
Capitalização atinge R$ 11,2 bi no ano passado
O último ano foi encerrado
com um acúmulo de R$ 11,2
bilhões em reservas no mercado de títulos de capitalização. O valor representa um
crescimento de 6,6% na
comparação com o ano anterior. O mercado faturou R$
7,1 bilhões no ano -3% a
mais que 2005- e R$ 663,2
milhões em dezembro.
Para 2007, as previsões do
mercado são ainda mais otimistas: ampliação de 7,7%
nas reservas e de 4,7% no faturamento sobre 2006.
"As companhias do setor
estão atuando em sintonia e
se dedicando à formatação
de produtos que atingem diretamente as necessidades
dos consumidores", avalia
Neival Rodrigues Freitas, diretor de capitalização da Fenaseg (federação de seguros
privados e capitalização).
Na classificação nacional,
o Estado de São Paulo fecha
2006 na primeira colocação,
com R$ 2,6 bilhões de faturamento e 37,4% de participação de mercado.
O Rio de Janeiro se mantém na segunda posição, com
R$ 773,2 milhões de receita e
10,9% de presença. O Estado
de Minas Gerais ocupa o terceiro lugar, com R$ 631,8 milhões de faturamento e 8,9%
do mercado.
CARNAVAL DE TAXAS
Grande parte do que é pago para comprar itens que fazem o Carnaval -confete e serpentina, por exemplo- representa impostos. "A tendência é
que o a tributação desses itens aumente quanto mais distante eles estiverem dos produtos de primeira necessidade", explica Alberto Brumatti Júnior, da RCS Auditoria e
Consultoria, que fez pesquisa sobre o tema.
ONU
O superintendente do
Instituto Superior de Administração e Economia da
FGV, Norman Arruda Filho,
vai integrar força-tarefa da
ONU para desenvolver princípios do "Global Compact".
SAÚDE NO SALÃO
As vendas de preservativos, produtos para disfunção erétil, antiácidos, digestivos e ativadores hepáticos
devem aumentar 30% no
Carnaval. A estimativa é da
Droga Raia.
ENCONTRO
Paulo Godoy, presidente
da Abdib, e Demian Fiocca,
presidente do BNDES, têm
conversada marcada para
hoje, no Rio. Na pauta, o
apoio do banco ao PAC,
composto por projetos de
infra-estrutura. Godoy levará a Fioca uma visão dos empresários do setor -bastante positiva- sobre as ações
do BNDES nos últimos dois
anos, que reduziu custos de
capital aos investidores,
criou linhas específicas para
alguns mercados e definiu
regras para financiamentos
em "project finance".
COMANDATUBA
Tarso Genro (Relações
Institucionais) e Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, já confirmaram a João Doria presenças no Fórum de Comandatuba, de 19 a 22 de abril. São
esperados 320 empresários.
EXPORTAÇÃO
O Banco do Brasil reduziu
as taxas de juros da linha de
crédito Proger Exportação.
Os encargos, que variavam
de 5,33% a 5,90% ao ano,
agora estão em 5,15% a
5,65% ao ano, mais a TJLP.
A VOLTA DE UMA LENDA
Depois de dois anos fora do país, a Rolls-Royce retorna
ao Brasil com o modelo Phantom no empreendimento
Parque Cidade Jardim, no Morumbi, em São Paulo. O veículo que marca o retorno é preto metálico, com rodas de
alumínio de 21 polegadas. No interior, couro natural nas
cores preto e cinza claro e tapetes de lã de carneiro. O
carro tem itens personalizados, como o logotipo Rolls-Royce bordado em cinza claro nos quatro encostos de cabeça. O mimo para o consumidor no Brasil é de cerca de
US$ 333.350, sem impostos ou frete. "Acreditamos que a
América Latina será um mercado importante. Dentro da
região, o Brasil se destaca. E, dentro do país, focamos em
São Paulo", diz WolfAxel Pannes, gerente-geral de desenvolvimento de negócios da Rolls-Royce Motor Cars.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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