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Combustível sobe mais 5,4% na bomba no país
DA SUCURSAL DO RIO
No intervalo de apenas uma
semana, o álcool combustível
teve um reajuste de 5,4% nas
bombas dos postos do país, segundo levantamento semanal
da ANP (Agência Nacional do
Petróleo). O preço médio nacional subiu de R$ 1,879 por litro na semana encerrada em 4
de março para R$ 1,981 na seguinte (de 5 a 11 de março).
Em um mês, o álcool teve alta
de 12,4%. O produto sofre os
efeitos da entressafra da cana-de-açúcar, que só acaba em
abril com o início da colheita.
Também sobe em razão da boa
fase de preços que o açúcar
atravessa no mercado internacional, o que leva os usineiros a
produzirem mais o produto
em detrimento do álcool.
Para tentar conter os aumentos, o governo fechou, em janeiro, um acordo com os usineiros, pelo qual o preço ficou
congelado em R$ 1,05 na porta
da usina, em impostos. Donos
de postos dizem, porém, que
desde a semana passada já pagam R$ 2 às distribuidoras (valor com tributos).
Os usineiros romperam o
acordo pouco antes do Carnaval, ao afirmar que não tinham
mais como segurar os aumentos de preço e que iriam corrigir suas tabelas.
Na esteira do reajuste do álcool, a gasolina também subiu.
Registrou alta de 2,1% na semana encerrada em 11 de março.
O preço médio nacional do derivado passou de R$ 2,536 para
R$ 2,589 no intervalo de uma
semana. Há um mês a gasolina
era vendida a R$ 2,507, 3,2%
mais barata do que na semana
passada.
São Paulo
Pelos dados da ANP, os motoristas de São Paulo pagavam,
na semana passada, R$ 1,786 o
litro do álcool combustível,
4,8% a mais do que no levantamento anterior (R$ 1,705). Já a
gasolina aumentou 2%, passando de R$ 2,424 para R$
2,473 o litro.
Nos postos do Rio de Janeiro,
o álcool subiu de R$ 1,998 para
R$ 2,087, com uma alta de
4,5%. A gasolina, por sua vez,
sofreu reajuste de 1,5%. O litro
passou de R$ 2,543 para R$
2,582.
Apesar do aumento de preço,
o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes) ainda não havia identificado em fevereiro uma redução significativa do consumo.
Houve uma queda de apenas
1,3% de janeiro para fevereiro,
quando foram consumidos somente 3 milhões de litros a menos. As vendas do produto caíram de 220 milhões de litros
em janeiro para 217 milhões de
litros em fevereiro.
Os dados, porém, ainda não
refletem a redução da mistura
do álcool na gasolina, que cedeu de 25% para 20% no último dia 1º -medida para reduzir a demanda e, com isso, o
preço. A expectativa do setor é
uma redução de até 30% na
previsão de vendas das distribuidoras para este mês.
Neste ano, por conta da adição de corante ao álcool -para
evitar fraudes-, as vendas aumentaram 39,1% nos dois primeiros meses do ano ante igual
período de 2005.
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