São Paulo, terça-feira, 14 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Combustível sobe mais 5,4% na bomba no país

DA SUCURSAL DO RIO

No intervalo de apenas uma semana, o álcool combustível teve um reajuste de 5,4% nas bombas dos postos do país, segundo levantamento semanal da ANP (Agência Nacional do Petróleo). O preço médio nacional subiu de R$ 1,879 por litro na semana encerrada em 4 de março para R$ 1,981 na seguinte (de 5 a 11 de março).
Em um mês, o álcool teve alta de 12,4%. O produto sofre os efeitos da entressafra da cana-de-açúcar, que só acaba em abril com o início da colheita. Também sobe em razão da boa fase de preços que o açúcar atravessa no mercado internacional, o que leva os usineiros a produzirem mais o produto em detrimento do álcool.
Para tentar conter os aumentos, o governo fechou, em janeiro, um acordo com os usineiros, pelo qual o preço ficou congelado em R$ 1,05 na porta da usina, em impostos. Donos de postos dizem, porém, que desde a semana passada já pagam R$ 2 às distribuidoras (valor com tributos).
Os usineiros romperam o acordo pouco antes do Carnaval, ao afirmar que não tinham mais como segurar os aumentos de preço e que iriam corrigir suas tabelas.
Na esteira do reajuste do álcool, a gasolina também subiu. Registrou alta de 2,1% na semana encerrada em 11 de março. O preço médio nacional do derivado passou de R$ 2,536 para R$ 2,589 no intervalo de uma semana. Há um mês a gasolina era vendida a R$ 2,507, 3,2% mais barata do que na semana passada.

São Paulo
Pelos dados da ANP, os motoristas de São Paulo pagavam, na semana passada, R$ 1,786 o litro do álcool combustível, 4,8% a mais do que no levantamento anterior (R$ 1,705). Já a gasolina aumentou 2%, passando de R$ 2,424 para R$ 2,473 o litro.
Nos postos do Rio de Janeiro, o álcool subiu de R$ 1,998 para R$ 2,087, com uma alta de 4,5%. A gasolina, por sua vez, sofreu reajuste de 1,5%. O litro passou de R$ 2,543 para R$ 2,582.
Apesar do aumento de preço, o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes) ainda não havia identificado em fevereiro uma redução significativa do consumo. Houve uma queda de apenas 1,3% de janeiro para fevereiro, quando foram consumidos somente 3 milhões de litros a menos. As vendas do produto caíram de 220 milhões de litros em janeiro para 217 milhões de litros em fevereiro.
Os dados, porém, ainda não refletem a redução da mistura do álcool na gasolina, que cedeu de 25% para 20% no último dia 1º -medida para reduzir a demanda e, com isso, o preço. A expectativa do setor é uma redução de até 30% na previsão de vendas das distribuidoras para este mês.
Neste ano, por conta da adição de corante ao álcool -para evitar fraudes-, as vendas aumentaram 39,1% nos dois primeiros meses do ano ante igual período de 2005.


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Panorâmica - Cartões de crédito: Capital One compra a North Fork
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.