São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2000


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TELECOMUNICAÇÕES
Gigante do setor aguarda autorização da Anatel para vender espaço em satélites
Espaço do país vive guerra nas estrelas

ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio

Mudanças no mercado de telecomunicações vão acirrar ainda mais a competição no espaço brasileiro.
A maior empresa mundial provedora de capacidade de transmissão por satélite, a PanAmSat, dona de uma constelação de 21 satélites, aguarda autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para começar a vender, a empresas locais, espaço em quatro satélites disponíveis para a região.
"A empresa só está esperando para fazer valer os investimentos feitos", disse o diretor para a América Latina, Ramiro Reinoso, sobre o US$ 1 bilhão consumido pelos quatro projetos.
PanAmSat e similares atendem a empresas que precisam de satélites para transmissão de dados, imagens, voz, conexão com Internet, sinais de TV etc.
Desde que promulgou a "Lei Mínima", abrindo o mercado para celulares e satélites, o governo já concedeu licenças a 11 empresas, incluindo a própria Embratel, que monopolizava a área até a privatização.
Outra mudança a caminho é a privatização da Intelsat, consórcio intergovernamental de 143 países, do qual o Brasil faz parte. A empresa, cujos satélites estavam por trás da transmissão da imagem do primeiro homem na Lua, estará sem amarras para competir em abril do próximo ano. Uma comissão vai decidir como será a privatização.
Certo, por enquanto, é que haverá uma oferta pública de ações e lançamentos de novos satélites, em 2001, para aumentar a capacidade de atendimento da Intelsat, explicou o diretor para a América Latina, Maurício Rubinsztajn. A Intelsat tem 17 satélites e 9 já contratados para lançamento.
Não é à toa que as interessadas no mercado brasileiro estão presentes na Americas Telecom, evento de serviços e equipamentos para telecomunicações que termina amanhã, no Riocentro.
Entre as empresas que já atuam no Brasil está a NahuelSat, em via de se tornar a regional para a América Latina de uma de suas principais acionistas, a GE Americom. A outra acionista é a alemã Dymler. Assim, a NahuelSat somará seus 2 satélites aos 14 da GE, formando um novo gigante do setor.



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