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TELECOMUNICAÇÕES
Gigante do setor aguarda autorização da Anatel para vender espaço em satélites
Espaço do país vive guerra nas estrelas
ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio
Mudanças no mercado de telecomunicações vão acirrar ainda
mais a competição no espaço
brasileiro.
A maior empresa mundial
provedora de capacidade de
transmissão por satélite, a PanAmSat, dona de uma constelação de 21 satélites, aguarda autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
para começar a vender, a empresas locais, espaço em quatro satélites disponíveis para a região.
"A empresa só está esperando
para fazer valer os investimentos
feitos", disse o diretor para a
América Latina, Ramiro Reinoso, sobre o US$ 1 bilhão consumido pelos quatro projetos.
PanAmSat e similares atendem a empresas que precisam
de satélites para transmissão de
dados, imagens, voz, conexão
com Internet, sinais de TV etc.
Desde que promulgou a "Lei
Mínima", abrindo o mercado
para celulares e satélites, o governo já concedeu licenças a 11
empresas, incluindo a própria
Embratel, que monopolizava a
área até a privatização.
Outra mudança a caminho é a
privatização da Intelsat, consórcio intergovernamental de 143
países, do qual o Brasil faz parte.
A empresa, cujos satélites estavam por trás da transmissão da
imagem do primeiro homem na
Lua, estará sem amarras para
competir em abril do próximo
ano. Uma comissão vai decidir
como será a privatização.
Certo, por enquanto, é que haverá uma oferta pública de ações
e lançamentos de novos satélites, em 2001, para aumentar a
capacidade de atendimento da
Intelsat, explicou o diretor para
a América Latina, Maurício Rubinsztajn. A Intelsat tem 17 satélites e 9 já contratados para lançamento.
Não é à toa que as interessadas
no mercado brasileiro estão presentes na Americas Telecom,
evento de serviços e equipamentos para telecomunicações que
termina amanhã, no Riocentro.
Entre as empresas que já
atuam no Brasil está a NahuelSat, em via de se tornar a regional para a América Latina de
uma de suas principais acionistas, a GE Americom. A outra
acionista é a alemã Dymler. Assim, a NahuelSat somará seus 2
satélites aos 14 da GE, formando
um novo gigante do setor.
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