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Estrangeiros mudam de idéia 3 vezes em 15 dias
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos últimos 15 dias, pouco mudou no Brasil em termos macroeconômicos ou no cenário eleitoral. O curto intervalo de tempo foi
suficiente, no entanto, para que
dois importantes bancos norte-americanos mudassem sua opinião sobre o país três vezes.
Até o fim de abril, Morgan Stanley e Merril Lynch estavam recomendando a seus investidores que dessem um peso aos papéis
da dívida externa brasileira maior
que ao do mercado de forma geral. Já, a partir do início de maio,
as duas instituições decidiram rebaixar os papéis brasileiros.
Na última sexta-feira à noite,
nova mudança de tom nos relatórios das duas instituições que voltaram a emitir opiniões mais otimistas sobre o Brasil. Nesse intervalo, o dólar se valorizou 5,17% em relação ao real.
Segundo o relatório do Morgan
Stanley, o mercado teria exagerado no desconto dos papéis da dívida externa brasileira: "nossa
opinião sobre o Brasil se tornou
mais construtiva desde nosso último rebaixamento, simplesmente
porque o mercado parece estar
exagerando na redução". O relatório do Morgan Stanley acrescenta que o preço justo para os C-Bonds, títulos da dívida externa
brasileira, deveria estar entre 79%
e 81% de seu valor de face, acima,
portanto, do nível atual de 73%.
A Merrill Lynch ressaltou em
seu relatório que "a percepção do
mercado em relação ao risco do
país é excessiva". O banco se mostra otimista tanto em termos políticos como econômicos e ressalta
que o mercado acionário deverá
atingir seu "piso" logo. E recomenda ainda os papéis de empresas exportadoras. Tanto Morgan Stanley como Merrill Lynch falam
sobre a necessidade de corte de
juros no país. Mas os relatórios
praticamente não tiveram efeito
sobre o mercado ontem.
O presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho, disse ontem que
a atividade produtiva brasileira
não vai parar, a despeito de opiniões pessimistas de bancos estrangeiros. (EF)
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