DE BUENOS AIRES

O temporal que castigou Buenos Aires ontem e deixou centenas de desabrigados impediu que o presidente argentino, Eduardo Duhalde, enfrentasse a primeira greve geral desde sua posse, ocorrida em janeiro.
A paralisação que ocorreria hoje foi cancelada pela CGT dissidente -uma das duas maiores centrais sindicais do país-, assim como a manifestação que seria realizada na praça de Maio (região central de Buenos Aires). Uma nova data deverá ser marcada hoje.
A CGT reivindica um reajuste salarial de 20% como forma de repor as perdas inflacionárias. Além disso, também pede um aumento de 13% para os aposentados.
Duhalde disse ontem que as reivindicações são "razoáveis", mas que o Estado não teria condições de arcar com o aumento dos salários do funcionalismo público. Segundo ele, o governo também não poderia obrigar as empresas a elevar os salários do setor privado devido à recessão e aos altos índices de desemprego.
Mesmo assim, os ministros Roberto Lavagna (Economia) e Graciela Camaño (Trabalho) se reuniram ontem para discutir as opções de reajuste aos trabalhadores no futuro.(JS)


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