São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Resultados divulgados por petrolífera desagradam aos investidores; Bovespa tem baixa de 1,05%

Ação da Petrobras puxa a queda da Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 1,05% ontem, para 12.002 pontos. O volume negociado, de R$ 315,870 milhões, ficou bastante abaixo da média diária dos últimos meses, de R$ 500 milhões.
Após certo alívio na sexta-feira, o mercado voltou a passar o dia especulando sobre o resultado de pesquisas eleitorais.
Para esta semana, está prevista a divulgação de sondagens feitas pelo Vox Populi e pelo Datafolha. Mais uma vez o mercado teme que elas apontem uma queda do candidato do governo, José Serra (PSDB), da segunda para a quarta colocação na preferência dos eleitores. Diz o mercado, agora, que essas duas pesquisas, diferentemente da divulgada no fim de semana, mostrarão, realmente, todo o impacto do suposto pedido de propina na privatização da companhia Vale do Rio Doce feita por Ricardo Sérgio, ex-tesoureiro de campanhas do PSDB, na candidatura Serra.
As ações preferenciais da Petrobras lideraram as perdas do Ibovespa ontem. Elas se desvalorizaram em 6,6%.
A empresa divulgou seu resultado financeiro do primeiro trimestre deste ano, que não agradou ao mercado, na noite da última sexta-feira. Entre janeiro e março, a companhia teve um lucro 62% menor do que o obtido em igual período do ano passado.

Dólar futuro
O dólar subiu 2,1%, para sua maior cotação em seis meses ontem, R$ 2,521.
Após o fechamento do mercado à vista, a moeda norte-americana continuou a subir nas negociações do "after market" no mercado futuro.
A cotação ultrapassou os R$ 2,55 pouco tempo depois do encerramento do mercado à vista. Muito operadores estranharam o fato e demonstravam preocupação com o movimento das cotações hoje.
"O comportamento do mercado ontem foi muito exagerado", afirma o economista-chefe do banco Fibra, Guilherme da Nóbrega.
"O mercado ficou de mau humor em cima de rumores frágeis, como os relacionados às pesquisas eleitorais. Internamente, houve até boas notícias, como a inflação sob controle e os bons números para a balança comercial e a arrecadação", diz.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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