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MERCADO FINANCEIRO
Resultados divulgados por petrolífera desagradam aos investidores; Bovespa tem baixa de 1,05%
Ação da Petrobras puxa a queda da Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
fechou em queda de 1,05% ontem, para 12.002 pontos. O volume negociado, de R$ 315,870 milhões, ficou bastante abaixo da
média diária dos últimos meses,
de R$ 500 milhões.
Após certo alívio na sexta-feira,
o mercado voltou a passar o dia
especulando sobre o resultado de
pesquisas eleitorais.
Para esta semana, está prevista a
divulgação de sondagens feitas
pelo Vox Populi e pelo Datafolha.
Mais uma vez o mercado teme
que elas apontem uma queda do
candidato do governo, José Serra
(PSDB), da segunda para a quarta
colocação na preferência dos eleitores. Diz o mercado, agora, que
essas duas pesquisas, diferentemente da divulgada no fim de semana, mostrarão, realmente, todo o impacto do suposto pedido
de propina na privatização da
companhia Vale do Rio Doce feita
por Ricardo Sérgio, ex-tesoureiro
de campanhas do PSDB, na candidatura Serra.
As ações preferenciais da Petrobras lideraram as perdas do Ibovespa ontem. Elas se desvalorizaram em 6,6%.
A empresa divulgou seu resultado financeiro do primeiro trimestre deste ano, que não agradou ao
mercado, na noite da última sexta-feira. Entre janeiro e março, a
companhia teve um lucro 62%
menor do que o obtido em igual
período do ano passado.
Dólar futuro
O dólar subiu 2,1%, para sua
maior cotação em seis meses ontem, R$ 2,521.
Após o fechamento do mercado
à vista, a moeda norte-americana
continuou a subir nas negociações do "after market" no mercado futuro.
A cotação ultrapassou os R$
2,55 pouco tempo depois do encerramento do mercado à vista.
Muito operadores estranharam o
fato e demonstravam preocupação com o movimento das cotações hoje.
"O comportamento do mercado ontem foi muito exagerado",
afirma o economista-chefe do
banco Fibra, Guilherme da Nóbrega.
"O mercado ficou de mau humor em cima de rumores frágeis,
como os relacionados às pesquisas eleitorais. Internamente, houve até boas notícias, como a inflação sob controle e os bons números para a balança comercial e a arrecadação", diz. (ANA PAULA RAGAZZI)
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