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BC vê IPCA previsível e fala em círculo virtuoso
MARIA LUIZA ABBOTT
ENVIADA ESPECIAL A MADRI
O presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, disse que o
IPCA de abril divulgado ontem ficou dentro da expectativa. Mas
ele não quis antecipar qual a influência que a queda da inflação
apontada pelos índices pode ter
sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para
definir os juros.
"O Copom vai analisar tudo
com profundidade. Só posso dizer que o IPCA de 0,97% em abril
veio dentro da previsão do BC e
do mercado. O mercado previa
um intervalo para o IPCA de
0,89% a 1,2%", disse Meirelles,
que está na Espanha para uma série de encontros com investidores
e banqueiros.
Sobre a pressão no Brasil para
redução de juros -como a que
fez a economista Maria da Conceição Tavares-, Meirelles afirmou que a discussão é "válida e
útil para o país, mas não seria útil
o BC entrar nesse debate".
Ele reconheceu que o mercado
financeiro está otimista em relação ao país, mas disse que isso é
normal, quando a cotação dos papéis brasileiro sobe, da mesma
forma como cresce o pessimismo
quando o valor desses papéis cai.
Em uma reunião com 50 investidores espanhóis, no Banco de Espanha (o BC espanhol), Meirelles
fez uma avaliação otimista. "Há
indicações de que o Brasil está entrando em um círculo virtuoso.
Na medida em que o risco está
caindo, isso reduz os custos de financiamento do governo e das
empresas privadas."
Dos investidores, Meirelles disse ter ouvido interesse em aplicações no Brasil e surpresa com a rapidez da queda do risco-país.
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