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Balanço da Petrobras leva Bovespa a novo recorde
Lucro agrada a investidor, e ação da empresa sobe até 2,6%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Petrobras salvou a Bovespa
ontem. As ações da companhia
petrolífera, sob reflexo do lucro
registrado no primeiro trimestre, subiram mais de 2% e levaram a Bolsa de Valores de São
Paulo a um novo recorde -subiu 0,12% e encerrou aos
70.503 pontos.
A ação preferencial da Petrobras se valorizou em 2,62%, e a
ordinária ganhou 2,40%. Os papéis foram responsáveis por
quase 30% das transações feitas no pregão de ontem.
Durante o pregão, a Bovespa
bateu em inéditos 71.084 pontos, ao marcar alta de 0,95%.
A Petrobras surpreendeu ao
divulgar que obteve lucro líquido de R$ 6,925 bilhões no primeiro trimestre, cifra 68% superior ao resultado de igual período de 2007. O resultado foi
divulgado após o encerramento
do pregão da Bolsa na segunda.
"A empresa teve resultados
excelentes para o primeiro trimestre deste ano, com lucro líquido e Ebitda [lucro antes de
juros, impostos, depreciação e
amortização] significativamente acima das expectativas do
mercado. A redução de custos e
despesas permitiu à empresa
uma melhor rentabilidade,
com bom desempenho operacional", afirma André Segadilha, gerente de análise da Prosper Corretora.
Profissionais do mercado
voltaram a destacar a participação do capital externo na ponta
de compra na Bovespa. No mês,
até o dia 8, os estrangeiros mais
compraram do que venderam
ações no montante de R$ 2,2
bilhões. No período, o investidor pessoa física fez o contrário: mais vendeu que comprou
ações, no montante de R$ 811
milhões. A valorização da Bolsa
no mês já alcança os 3,88%
No acumulado do ano, a Bovespa tem alta de 10,36%, enquanto as principais Bolsas do
mundo operam no vermelho.
O índice Dow Jones, da Bolsa
de Nova York, tem queda anual
de 3,26% -no pregão de ontem, caiu 0,34%. A Bolsa de Valores de Londres, que recuou
0,14% ontem, tem baixa acumulada de 3,65% em 2008.
Ontem o presidente do Fed
(banco central dos EUA), Ben
Bernanke, disse que as condições dos mercados financeiros
ainda "estão longe de sua situação normal" (leia à pág. B9), declaração que não favoreceu o
resultado dos pregões.
No mercado de câmbio brasileiro, se o dólar não desabou até
o momento, como alguns analistas previam, em decorrência
do grau de investimento conquistado pelo Brasil, ao menos
voltou a rondar seus mais baixos valores desde maio de 1999.
No fim das operações, o dólar
comercial marcava recuo de
0,54%, negociado a R$ 1,657.
Os operadores esperavam
que o ministro Guido Mantega
(Fazenda) anunciasse os detalhes do fundo soberano do país
antes de o mercado de câmbio
fechar, o que não ocorreu.
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