São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2008

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Balanço da Petrobras leva Bovespa a novo recorde

Lucro agrada a investidor, e ação da empresa sobe até 2,6%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Petrobras salvou a Bovespa ontem. As ações da companhia petrolífera, sob reflexo do lucro registrado no primeiro trimestre, subiram mais de 2% e levaram a Bolsa de Valores de São Paulo a um novo recorde -subiu 0,12% e encerrou aos 70.503 pontos.
A ação preferencial da Petrobras se valorizou em 2,62%, e a ordinária ganhou 2,40%. Os papéis foram responsáveis por quase 30% das transações feitas no pregão de ontem.
Durante o pregão, a Bovespa bateu em inéditos 71.084 pontos, ao marcar alta de 0,95%.
A Petrobras surpreendeu ao divulgar que obteve lucro líquido de R$ 6,925 bilhões no primeiro trimestre, cifra 68% superior ao resultado de igual período de 2007. O resultado foi divulgado após o encerramento do pregão da Bolsa na segunda.
"A empresa teve resultados excelentes para o primeiro trimestre deste ano, com lucro líquido e Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] significativamente acima das expectativas do mercado. A redução de custos e despesas permitiu à empresa uma melhor rentabilidade, com bom desempenho operacional", afirma André Segadilha, gerente de análise da Prosper Corretora.
Profissionais do mercado voltaram a destacar a participação do capital externo na ponta de compra na Bovespa. No mês, até o dia 8, os estrangeiros mais compraram do que venderam ações no montante de R$ 2,2 bilhões. No período, o investidor pessoa física fez o contrário: mais vendeu que comprou ações, no montante de R$ 811 milhões. A valorização da Bolsa no mês já alcança os 3,88%
No acumulado do ano, a Bovespa tem alta de 10,36%, enquanto as principais Bolsas do mundo operam no vermelho.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, tem queda anual de 3,26% -no pregão de ontem, caiu 0,34%. A Bolsa de Valores de Londres, que recuou 0,14% ontem, tem baixa acumulada de 3,65% em 2008.
Ontem o presidente do Fed (banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse que as condições dos mercados financeiros ainda "estão longe de sua situação normal" (leia à pág. B9), declaração que não favoreceu o resultado dos pregões.
No mercado de câmbio brasileiro, se o dólar não desabou até o momento, como alguns analistas previam, em decorrência do grau de investimento conquistado pelo Brasil, ao menos voltou a rondar seus mais baixos valores desde maio de 1999.
No fim das operações, o dólar comercial marcava recuo de 0,54%, negociado a R$ 1,657.
Os operadores esperavam que o ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciasse os detalhes do fundo soberano do país antes de o mercado de câmbio fechar, o que não ocorreu.


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