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Para Bernanke, situação ainda não se normalizou
Chefe do Fed diz que leva tempo para mercado se estabilizar
DA REDAÇÃO
O presidente do Fed (Federal
Reserve, o banco central dos
Estados Unidos), Ben Bernanke, afirmou ontem que as condições nos mercados financeiros melhoraram, mas que ainda
"estão longe do normal".
Para Bernanke, os leilões de
recursos para os bancos realizados pelo Fed desde o final do
ano passado colaboraram para
a melhoria da situação. Segundo ele, se necessário, o banco
central americano aumentará o
montante disponível para os
bancos -que já triplicou desde
o início dos leilões, em dezembro do ano passado. "Até o momento, as nossas medidas de liquidez aparentemente contribuíram para alguma melhoria
nos mercados financeiros."
Esses leilões são uma tentativa do Fed de estimular os bancos a concederem empréstimos. As instituições restringiram os empréstimos devido aos
prejuízos relacionados aos títulos vinculados a financiamentos imobiliários de alto risco,
conhecidos como "subprime".
De acordo com Bernanke, "a
extraordinária provisão de liquidez pelo Federal Reserve
não será mais necessária"
quando os mercados financeiros se estabilizarem, mas "provavelmente levará algum tempo" até isso acontecer.
As declarações de Bernanke
contrastam com as do secretário do Tesouro dos Estados
Unidos, Henry Paulson, e de líderes de Wall Street, como Vikram Pandit, presidente-executivo do Citigroup, para quem
o pior da crise de crédito já passou. Já o presidente-executivo
do JPMorgan, Jamie Dimon,
afirmou que 75% da crise nos
mercados financeiros está resolvida, mas que a recessão nos
EUA está apenas no começo.
Em seu discurso à divisão regional do Fed em Atlanta, Bernanke não falou sobre os juros.
Há duas semanas, o Fed cortou
em 0,25 ponto percentual, para
2%, a taxa, e analistas prevêem
que, após sete reduções seguidas, o BC dos EUA interromperá o ciclo na sua próxima reunião, marcada para o final do
mês que vem.
Com a Bloomberg
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