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São Paulo, sábado, 14 de junho de 2003

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INTEGRAÇÃO

País leva agenda aos EUA

Negociação agrícola é Alca "heavy", diz Amorim

FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON

O Brasil vai enfatizar o acesso ao mercado norte-americano, principalmente na área agrícola, nas negociações com outros 33 países interessados em concluir a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) em 2005.
O chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse ontem em Washington que essa será a parte "heavy" (pesada) da negociação brasileira, que pretende trabalhar outros aspectos da Alca dentro do que chamou de "moldura mais light". "Na área de acesso a mercados, estamos bem preparados para discutir tudo", disse.
Amorim apresentou a posição brasileira aos EUA e a 12 ministros de países que negociam a Alca em uma reunião no Estado de Maryland. O chanceler afirmou que os americanos "entenderam as sensibilidades" brasileiras.
A estratégia do Brasil é retirar das negociações da Alca assuntos mais sensíveis ao país, como regras para propriedade industrial e investimentos. Para essas áreas, onde os EUA poderiam conseguir maiores vantagens, a idéia é transferir as discussões para conversas bilaterais com os países envolvidos ou para o âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio).
Um alto funcionário do Departamento de Comércio americano afirmou que os EUA vão continuar buscando uma negociação mais integrada possível no contexto da Alca.
Ele admitiu, no entanto, que as negociações bilaterais entre os envolvidos são um fato e que muitos países têm a intenção de repassar para o âmbito da OMC temas que considerem mais delicados.
O presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias, também participou da reunião de ontem.
O BID vem analisando propostas de diversos países para investimentos nas áreas de infra-estrutura e aumento da produtividade empresarial para diminuir as disparidades entre os que pretendem participar da Alca.


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