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INTEGRAÇÃO
País leva agenda aos EUA
Negociação agrícola é Alca "heavy", diz Amorim
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
O Brasil vai enfatizar o acesso ao
mercado norte-americano, principalmente na área agrícola, nas
negociações com outros 33 países
interessados em concluir a Alca
(Área de Livre Comércio das
Américas) em 2005.
O chanceler brasileiro, Celso
Amorim, disse ontem em Washington que essa será a parte
"heavy" (pesada) da negociação
brasileira, que pretende trabalhar
outros aspectos da Alca dentro do
que chamou de "moldura mais
light". "Na área de acesso a mercados, estamos bem preparados
para discutir tudo", disse.
Amorim apresentou a posição
brasileira aos EUA e a 12 ministros de países que negociam a Alca em uma reunião no Estado de
Maryland. O chanceler afirmou
que os americanos "entenderam
as sensibilidades" brasileiras.
A estratégia do Brasil é retirar
das negociações da Alca assuntos
mais sensíveis ao país, como regras para propriedade industrial e
investimentos. Para essas áreas,
onde os EUA poderiam conseguir
maiores vantagens, a idéia é
transferir as discussões para conversas bilaterais com os países envolvidos ou para o âmbito da
OMC (Organização Mundial do
Comércio).
Um alto funcionário do Departamento de Comércio americano
afirmou que os EUA vão continuar buscando uma negociação
mais integrada possível no contexto da Alca.
Ele admitiu, no entanto, que as
negociações bilaterais entre os envolvidos são um fato e que muitos
países têm a intenção de repassar
para o âmbito da OMC temas que
considerem mais delicados.
O presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias, também
participou da reunião de ontem.
O BID vem analisando propostas de diversos países para investimentos nas áreas de infra-estrutura e aumento da produtividade
empresarial para diminuir as disparidades entre os que pretendem participar da Alca.
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