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São Paulo, sábado, 14 de junho de 2003

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FMI pede pressa para a aprovação de reformas

DE BUENOS AIRES

O FMI (Fundo Monetário Internacional) voltou a criticar a Argentina e pedir ao novo governo do país pressa para a aprovação das reformas consideradas fundamentais. A cobrança, dessa vez, foi feita pela vice-diretora do Fundo, Anne Krueger.
Krueger afirmou em Washington que o sistema bancário argentino "não é viável" e que a culpa é de medidas como a que postergou a cobrança de hipotecas cujos pagamentos estão suspensos desde a depreciação do peso, em janeiro de 2002. A medida foi aprovada recentemente pelo Congresso.

Bancos
Krueger disse que o Congresso argentino "tem predileção por aprovar moratórias" e que é preciso que o governo crie condições para que os bancos voltem a operar normalmente.
Ela cobrou ainda avanços na reestruturação da dívida e a atualização das tarifas de serviços públicos, como água e gás, que estão congeladas desde a depreciação do peso. O governo afirma que, no curto prazo, não haverá reajuste das tarifas.
Na última semana, uma missão do Fundo esteve no país para negociar a revisão do acordo assinado em janeiro deste ano. O resultado, no entanto, só sairá após a visita do diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, que chega à Argentina no próximo dia 23.
A assinatura de uma nova carta de intenções é fundamental para que a Argentina consiga recuperar a credibilidade com os investidores internacionais e, assim, reestruturar sua dívida. Para a vice-diretora do Fundo, a Argentina precisa avançar nas reformas para conseguir conquistar essa confiança.
Ontem, a Abra (Associação dos Credores de Bancos Alemães) cobrou do governo sinais de que pretende realmente iniciar a renegociação da dívida. Segundo a associação, os investidores estão "perdendo o bom humor".
Na próxima semana, o secretário de Finanças da Argentina, Guillermo Nielsen, viaja para a Europa para iniciar contatos. Irá a Paris, Frankfurt, Londres e Zurique para tentar acalmar e ganhar tempo com os credores.
(ELAINE COTTA)


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