São Paulo, sábado, 14 de julho de 2007

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Emprego formal bate recorde no 1º semestre

País cria 1,095 milhão de postos de trabalho com carteira assinada, alta de 18,6% em relação ao mesmo período de 2006

Indústria de transformação é o destaque do período, com aumento de 39,4% no nº de vagas; em junho, ritmo cai e fica abaixo da média

DA SUCURSAL DO RIO

O país bateu recorde de criação de emprego formal no primeiro semestre. Foi aberto 1,095 milhão de postos com carteira assinada, alta de 18,6% ante o saldo de igual período de 2006. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, espera que as vagas formais de trabalho fechem o ano com aumento de 1,6 milhão. O recorde anterior foi em 2004, com 1,523 milhão.
Os setores que mais cresceram no primeiro semestre ante o mesmo período de 2006 foram a indústria de transformação (alta de 39,40%) e o comércio (35,35%). A agricultura teve expansão de 24,46%, e a construção civil, de 23,64%.
Em junho, foram criadas 181,7 mil vagas formais, 17% acima das que surgiram em igual período de 2006. Segundo Lupi, o mês passado foi o terceiro melhor junho da série do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que teve início em 1992.
Apesar do bom resultado, as 181,7 mil vagas de junho ficaram abaixo da média mensal do ano, de 183,6 mil postos de trabalho formais. O ministro disse que a redução no ritmo de contratações já era esperada. Em maio, foram criados 212,2 mil empregos com carteira assinada, e, em abril, 302 mil.
"Já prevíamos essa pequena queda, a partir de março, e esperamos que agora estacione por uns três meses, nessa média. Como este ano tem tido comportamento atípico, acredito que aconteçam algumas surpresas positivas. Negativas, é impossível que tenha", afirmou o ministro do Trabalho no Rio, onde divulgou os dados.
Lupi espera que haja aceleração no número de empregos a partir de agosto e acredita que 2007 vá registrar recorde em número de empregos formais.
Alguns setores tiveram retração mais expressiva em junho. O de produção de alimentos e bebidas, líder de geração de vagas formais na indústria, criou 8,15 mil empregos no mês passado, 34,3% abaixo dos 12,4 mil de igual período de 2006.
No primeiro semestre, o setor de alimentos e bebidas abriu 109,82 mil vagas, 19% a mais que em igual período de 2006. As indústrias metalúrgica e mecânica foram as que mais aceleraram o ritmo de criação de vagas no semestre, com aumentos de 76,5% e 142,39%, respectivamente.
O 1,095 milhão de empregos gerados no primeiro semestre representa alta de 3,96% ante o estoque de vagas com carteira assinada existente no fim de 2006.


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