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São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2003

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Governo que atrair fundos estrangeiros

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo pretende atrair investimentos de fundos de pensão nacionais e internacionais para financiar obras de infra-estrutura no país. De acordo com o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral), o governo já encontrou "muita disposição" de grupos estrangeiros para investimentos no Brasil.
Dulci lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu nesse assunto com empresários que encontrou nas viagens a Portugal e Espanha.
Além disso, quando participou do Congresso da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Lula conversou com dirigentes sindicais internacionais para tentar sensibilizar categorias de outros países sobre a possibilidade de investimentos no Brasil, por meio dos fundos de pensão.
Nos Estados Unidos, por exemplo, Dulci disse que o maior fundo de pensão dispõe de US$ 180 bilhões para investimentos.
"Desse total, apenas US$ 8 bilhões são dirigidos para investimentos nos chamados países emergentes", afirmou Dulci.

Brasileiros
No caso dos fundos de pensão brasileiros, especialmente os patrocinados por empresas públicas e estatais, aqueles com maior patrimônio, o governo já estuda mudar as regras de aplicações para que possam investir na área de infra-estrutura.
Os fundos não se opõem a isso, mas afirmam que têm autonomia e farão somente investimentos rentáveis e que preservem sua saúde financeira.
Uma lista de todas as obras de infra-estrutura propostas pela sociedade civil para a inclusão no Plano Plurinanual 2004-2007 será apresentada amanhã ao presidente em cerimônia no Planalto.
Porém, o governo já vem realizando reuniões interministeriais para a escolha das obras prioritárias. O plano final será enviado ao Congresso até o final do mês.
"Não se trata de fazer projetos apenas quando se tem recursos assegurados", disse Dulci.
Segundo ele, não será possível fazer tudo que se pretende em quatro anos, e as obras terão de ser classificadas como importantes, emergenciais ou urgentes. "O que não for compatível, nós vamos dizer com franqueza."


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