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Governo que atrair fundos estrangeiros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo pretende atrair investimentos de fundos de pensão
nacionais e internacionais para financiar obras de infra-estrutura
no país. De acordo com o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral), o
governo já encontrou "muita disposição" de grupos estrangeiros
para investimentos no Brasil.
Dulci lembrou que o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva insistiu
nesse assunto com empresários
que encontrou nas viagens a Portugal e Espanha.
Além disso, quando participou
do Congresso da CUT (Central
Única dos Trabalhadores), Lula
conversou com dirigentes sindicais internacionais para tentar
sensibilizar categorias de outros
países sobre a possibilidade de investimentos no Brasil, por meio
dos fundos de pensão.
Nos Estados Unidos, por exemplo, Dulci disse que o maior fundo
de pensão dispõe de US$ 180 bilhões para investimentos.
"Desse total, apenas US$ 8 bilhões são dirigidos para investimentos nos chamados países
emergentes", afirmou Dulci.
Brasileiros
No caso dos fundos de pensão
brasileiros, especialmente os patrocinados por empresas públicas
e estatais, aqueles com maior patrimônio, o governo já estuda
mudar as regras de aplicações para que possam investir na área de
infra-estrutura.
Os fundos não se opõem a isso,
mas afirmam que têm autonomia
e farão somente investimentos
rentáveis e que preservem sua
saúde financeira.
Uma lista de todas as obras de
infra-estrutura propostas pela sociedade civil para a inclusão no
Plano Plurinanual 2004-2007 será
apresentada amanhã ao presidente em cerimônia no Planalto.
Porém, o governo já vem realizando reuniões interministeriais
para a escolha das obras prioritárias. O plano final será enviado ao
Congresso até o final do mês.
"Não se trata de fazer projetos
apenas quando se tem recursos
assegurados", disse Dulci.
Segundo ele, não será possível
fazer tudo que se pretende em
quatro anos, e as obras terão de
ser classificadas como importantes, emergenciais ou urgentes. "O
que não for compatível, nós vamos dizer com franqueza."
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