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BC quer reduzir juros para consumidor
PAULO CABRAL
do FolhaNews
O Banco Central pretende concluir até o fim de setembro estudo
que vai orientar ações para a redução das taxas de juros cobradas
do consumidor. "Queremos saber porque o spread (diferença
entre taxas) entre os juros básicos
da economia e as taxas na ponta
do consumo é tão grande", disse o
presidente do BC, Armínio Fraga.
A taxa over-selic (taxa básica
determinada pelo Comitê de Política Monetária para os juros brasileiros) está em 19,5% ao ano. Na
ponta do consumidor, no entanto, os juros médios estão em
121,96% ao ano no CDC (crédito
direto ao consumidor) e batem
em 326,14% ao ano nos empréstimos pessoais, de acordo com os
números de julho da pesquisa
mensal sobre juros da Anefac
(Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração
e Contabilidade).
De acordo com o presidente do
Banco Central, o órgão já descobriu que de 20% a 30% do spread
é provocado por impostos e compulsórios. "O percentual varia de
acordo com o prazo e o volume
do crédito", explicou Fraga.
O BC ainda tem duas etapas de
estudos antes de concluir a pesquisa. Segundo Fraga, a próxima
fase é analisar os riscos e a qualidade das garantias. "Por último
vamos avaliar os custos e margens das instituições financeiras."
Fraga abordou o assunto em palestra sobre as políticas monetária
e cambial na ESG (Escola Superior de Guerra), ontem no Rio.
O presidente do BC disse também que órgão considera que as
linhas de crédito internacionais
para empresas brasileiras estão
totalmente restabelecidas. "As linhas aumentaram cerca de 21%
com taxas de juros entre 6% e 8%
dependendo do tomador", informou Fraga.
Os dados motivaram o Banco
Central a parar de pedir oficialmente às instituições financeiras
internacionais que concedam crédito para empresas brasileiras.
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