das agências internacionais

O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou ontem que o Japão poderá sair da recessão ainda este ano, desde que o país mantenha em prática as medidas de reativação econômica lançadas em 98.
O Fundo, em sua revisão anual sobre a economia do país, prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) japonês crescerá 0,2% em 99, após queda de 2,8% no ano passado. Para 2000, a instituição antevê crescimento de 1%.
Os números representam uma reviravolta em relação aos dados divulgados em abril. Na ocasião, o Fundo previa retração do PIB de 1,4% para este ano e pequena elevação (de 0,3%) em 2000.
No ano passado, o Japão anunciou um pacote recorde de US$ 300 bilhões para tirar o país da recessão. A medida permitiu que o país crescesse 2% no primeiro trimestre deste ano, um salto após cinco trimestres consecutivos de recessão econômica.
Apesar da previsão otimista, o Fundo revelou que persiste o prognóstico "incerto" para a mais forte economia asiática.
"Apesar do forte crescimento do primeiro trimestre, a recuperação sustentada não está assegurada", disse o informe.
O Fundo sugere que o país mantenha os gastos públicos e a taxa de juros em zero até que se sinta a recuperação na demanda.
Na opinião do órgão, seria essencial que o país apoiasse mais reformas fiscais. "Uma maior transparência das políticas fiscais aumentaria a compreensão por parte do público sobre a situação das políticas fiscais."
O Fundo também se mostrou favorável a "uma estratégia mais agressiva para combater a debilidade do sistema bancário".
No relatório divulgado ontem, o órgão também mostra preocupação quanto ao fortalecimento da moeda do país, o iene, o que é considerado por alguns membros do Fundo como ameaça para a recuperação econômica.
O iene valorizado em relação ao dólar tornaria as exportações mais caras, o que minaria o crescimento do país.
No entanto, o relatório acrescenta que o iene valorizado poderia reativar as demais economias asiáticas, debilitadas há dois anos.
O Fundo também prevê que o país terá inflação zero em 99 e que o desemprego ao final do ano ficará em 5%.

Novas medidas
O governo japonês anunciou ontem sua intenção de adotar novas medidas para dinamizar o plano de recuperação econômica.
"Vamos continuar a administrar a política econômica com extrema atenção, com o projeto de um segundo pacote de medidas", disse o primeiro-ministro japonês, Keizo Obuchi.


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