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Alta da Bovespa
dá novo fôlego a
fundos de ações
DA REPORTAGEM LOCAL
Embalados pela expressiva
alta acumulada pela Bolsa até o
momento, os fundos de ações
estão atraindo neste mês cada
vez mais investidores. As aplicações nos fundos de ações superam os saques, até o último
dia 8, em R$ 171,4 milhões, segundo a Anbid.
Neste ano, a captação líquida
-diferença entre o volume
aplicado e o sacado- não havia sido positiva em nenhum
mês. Até mesmo em agosto,
quando a Bovespa subiu 11,8%,
os investidores seguiram tirando dinheiro dos fundos. Naquele mês, a captação ficou negativa em R$ 162,8 milhões.
Mas, apesar da forte alta, a
Bolsa não tem conseguido
atrair empresas, que seguem
fechando capital. Atualmente,
restam apenas 377 empresas
listadas na Bolsa, de um total
que chegou a 592 em 1989.
A principal dúvida agora é se
vale a pena ainda entrar na Bolsa, depois de ela subir tanto. No
ano, a alta do Ibovespa chega a
45,7%. Um exemplo: quem colocou R$ 5.000 em um fundo
que segue o Ibovespa no último
dia de 2002, tem hoje R$ 7.285.
"O melhor momento para
entrar na Bolsa foi há alguns
meses. É difícil dizer até onde a
Bolsa vai subir, mas o movimento de alta ainda tem alguma força para seguir" afirma
Jacopo Valentino, diretor de
renda variável do BNP Paribas
Asset Management.
Na outra ponta, os fundos DI
têm sofrido. A queda dos juros
tem afastado o investidor desse
tipo de aplicação. A rentabilidade dos fundos DI tem como
base a variação das taxas interbancárias, que recuaram com o
corte da Selic (taxa básica).
Neste mês, enquanto o Ibovespa tem alta de 8,2%, os fundos DI têm rentabilidade média acumulada de apenas
0,78%. Com isso, os fundos DI
chegaram ao último dia 8 com
captação negativa de R$ 545,4
milhões.
"Se houver um novo corte expressivo nos juros, pode ser interessante entrar na Bolsa agora. A Bolsa pode estar em torno
dos 17.500 pontos no fim do
ano", diz Ricardo Schneider,
gestor de renda variável do
ABN Amro Asset Management. Na sexta, a Bovespa fechou com 16.421 pontos.
(FABRICIO VIEIRA)
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