São Paulo, terça-feira, 14 de setembro de 2004

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PECUÁRIA

Resultado indica venda de produto mais elaborado

Valor das exportações de carnes cresce mais que o volume vendido

DA REDAÇÃO

Nos 12 meses terminados em agosto, as exportações de carne bovina do Brasil cresceram 33% em volume e 69,5% em valor em relação ao período setembro/02 a agosto/03, mostrando melhoria na pauta exportadora do setor.
Os dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) mostram que o preço médio da tonelada das carnes exportadas subiu no período 28,6% para as carnes "in natura" e 13,09% para as industrializadas.
"É um resultado de exportações de produtos com maior valor agregado e de uma recuperação dos preços do mercado mesmo, que tinham caído muito", afirmou Marcus Vinicius Pratini de Moraes, presidente da associação.
Segundo Pratini, o setor está prospectando novos mercados, como Malásia e Indonésia, e ganhando espaço em outros, como Egito e Argélia. "Até há pouco tempo, não vendíamos nada para a Argélia", afirmou ele.
Para esse país, especificamente, o Brasil vendeu US$ 23,1 milhões em carnes bovinas "in natura" de janeiro a agosto -e não havia vendido nada no mesmo período do ano passado. A Argélia já é o 14º maior importador do ano e foi o 7º maior de agosto.
Hoje, o Brasil vende carne bovina para 108 países. E a União Européia compra cerca de 40% do produto exportado.
Agora, o objetivo do setor de carnes brasileiro é obter maior entrada nos mercados que pagam melhor: Japão e Estados Unidos.
"Eles não aceitam o programa de zonificação da aftosa que adotamos. E esse episódio [de febre aftosa] do Amazonas, apesar de não ter nenhum problema para o rebanho [exportador nacional], acaba repercutindo mal, a concorrência explora", disse Pratini.
Segundo o presidente da Abiec, o setor está investindo bastante em marketing. "Já ganhamos espaço e aumentamos volume, agora temos que melhorar o preço investindo em nichos específicos."
O executivo cita cortes especiais, carne já embalada para venda e outros tipos mais elaborados como setores em que a pecuária nacional pode investir.


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