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Empresários esperam
um ano de crescimento
Aumento do PIB será pouco menor que o de 2008
DA REPORTAGEM LOCAL
A percepção de que 2009 será um bom ano é comum a empresários de diversos setores.
"Com a ressalva de que é preciso esperar o que vai acontecer
com a economia americana, estamos otimistas com relação a
2009", diz Bernardo Gradin,
presidente da petroquímica
Braskem. "Há uma inércia no
crescimento doméstico e não
esperamos crescimento menor
do que 4% em 2009."
Isso porque, segundo Gradin,
há fôlego para o crescimento
doméstico, graças ao crédito, e
para o aumento nas exportações por conta da menor dependência da economia americana. Nicholas Reade, presidente da construtora Brascan,
também aposta no aumento do
financiamento ao consumidor.
"O PIB [Produto Interno
Bruto] da construção civil vai
crescer duas ou três vezes o PIB
brasileiro porque há demanda
pelo produto e oferta de financiamento", diz Reade.
O aumento das taxas de emprego é a aposta das empresas
de medicina diagnóstica.
"Crescemos atendendo planos
de saúde, que ganham força
com a criação de empregos formais", diz Mauro Figueiredo,
presidente do grupo Fleury.
"Se a geração de vagas aumentar conforme o previsto, vamos
crescer mais do que o PIB."
Segundo Tharso Bossolani,
assessor do conselho da Dasa, a
inflação afeta mais o setor de
medicina diagnóstica do que a
alta nos juros. A mesma percepção têm empresas de produtos de consumo.
"Crescemos há 17 trimestres
no Brasil e prevemos continuar
no mesmo caminho", diz Marco Simões, vice-presidente da
Coca-Cola. "Ao mesmo tempo
em que o poder de consumo das
classes C e D aumentou, estamos apostando em inovações e
ampliando a linha de produtos
para clientes das classes A e B."
O conselho consultivo do
grupo Pão de Açúcar, espera incremento de 4% no PIB em
2009 e com a taxa de inflação,
medida pelo IPCA, de 5%. "O
crescimento do PIB será pouca
coisa menor", diz Abilio Diniz,
presidente do conselho. "Nada
que impacte os negócios."
Já a Grendene trabalha com
o crescimento do PIB entre 3%
e 4%. "Mais para 3% do que
4%", diz Francisco Schmitt, diretor de relações com investidores da Grendene. "O câmbio
estará mais favorável para exportadores como nós, mas a taxa de juros reduz a renda e pode
resultar num ano sem grande
crescimento."
(CRISTIANE BARBIERI)
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