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INVESTIMENTO
Susep regulamenta produto indicado para pessoas que fazem declaração simplificada do Imposto de Renda
Previdência privada ganha mais uma opção
ISABEL CAMPOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um novo tipo de plano de previdência para empresas deverá estar disponível nas prateleiras das
seguradoras até o final deste mês:
o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) coletivo. A regulamentação foi anunciada na quinta-feira pela Susep (Superintendência
de Seguros Privados) e algumas
seguradoras já entraram com pedido de autorização para comercializar o produto.
"Vamos ter agora produtos para todos os públicos. Ninguém
mais será punido", diz Osvaldo
Nascimento, diretor-executivo da
Itaú Vida e Previdência.
"As empresas terão planos de
previdência que se adaptam a todos os perfis de funcionários. Eles
poderão optar pelo VGBL, pelo
PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou por ambos", afirma
Flávio Perondi, diretor da Real Seguros.
O que é
O VGBL coletivo tem as mesmas características do VGBL para
pessoa física, lançado há cerca de
cinco meses. É um modelo de seguro de vida resgatável ao final de
um determinado prazo. O investidor aplica mensalmente uma
quantia que vai para um fundo.
Não há nenhuma rentabilidade
garantida. No final da contratação, pode resgatar o que acumulou e comprar uma renda para
complementar a aposentadoria
oficial.
A principal diferença com o
PGBL, principal produto de previdência, está na tributação. No
PGBL, pode-se abater o total aplicado da renda bruta anual, até o
limite de 12%. No resgate, o IR incide sobre o total acumulado, de
acordo com a tabela progressiva.
O percentual a pagar pode chegar
a 27,5%.
No caso do VGBL, o poupador
não pode abater os depósitos da
renda bruta. Em compensação,
no resgate, a tabela progressiva
incide somente sobre os rendimentos acumulados. Em ambos,
durante o período de poupança,
não há tributação.
O VGBL para pessoa física tem
sido um sucesso de público e a expectativa das seguradoras é que
aconteça o mesmo com o coletivo. Isso porque a forma de tributação desse produto atinge uma
parcela maior dos brasileiros do
que o PGBL.
Enquanto o PGBL é um plano
vantajoso só para quem faz a declaração completa de IR e pode
deduzir os depósitos, o VGBL é
indicado para quem utiliza a declaração simplificada, é isento ou
está na economia informal. "A
maioria das pessoas não paga IR.
Menos de 6% da população ganha
mais de dez salários mínimos",
diz Nascimento.
Segundo ele, o PGBL, em cinco
anos de existência, acumulou um
patrimônio total de cerca de R$ 5
bilhões. O VGBL para pessoa física, em cinco meses, já tem um patrimônio de R$ 1,4 bilhão.
Na Itaú Previdência, o número
de contratos de VGBL já chega a
110 mil. A expectativa da direção
era chegar ao final do ano com 150
mil contratos. Com a regulamentação estendendo o produto para
pessoa jurídica, esse número saltou para 200 mil.
Perondi acha que a quantidade
de pessoas com um VGBL poderá
ser o dobro ou até o triplo daquelas com um PGBL. No entanto, o
volume em dinheiro não deverá
ser muito diferente entre os dois.
"O público que investe no PGBL,
em geral, ganha mais que o que
compra um VGBL", explica.
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