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NOVIDADE
Rentabilidade fica maior
Ortanique é citro que produz fora de época
DA REDAÇÃO
Outubro é um mês em que há
poucos frutos cítricos no mercado e, por isso, é uma época em
que eles alcançam altos preços.
Nesse contexto, a ortanique, uma
cultivar cítrica híbrida entre laranja e tangerina, aparece como
boa alternativa ao produtor, que
pode obter maior rentabilidade.
A cultivar foi importada há quatro anos via Uruguai -ela é originária da Jamaica- e implantada
no país desde então pela Embrapa
Clima Temperado com produtores parceiros em Rosário do Sul e
Santa Margarida do Sul. Eles já estão na segunda colheita.
"A produtividade hoje é de duas
toneladas por hectare, mas o potencial é de 40 toneladas por hectare a partir do sexto ou sétimo
ano", afirmou Roberto Pedroso
de Oliveira, 37, pesquisador da
Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária).
A combinação entre esse potencial à produção fora da época despertou o interesse de agricultores,
principalmente de São Paulo e do
Rio Grande do Sul.
A fruta
Quando está madura, a ortanique -ou tangor- tem um sabor
bem doce, balanceado com a acidez. Seu tamanho é de médio a
grande, com um achatamento semelhante ao da tangerina.
Ela é muito abundante de suco,
geralmente 50% de seu peso total.
Além disso, se plantada sem cultivares polinizadores próximos, a
ortanique não tem semente.
A coloração atualmente obtida
nos pomares do Rio Grande do
Sul é um alaranjado forte, quase
avermelhado. Segundo Oliveira,
da Embrapa, isso se deve ao clima
mais ameno das regiões onde ela é
produzida. "A diferença entre as
temperaturas diurna e noturna dá
cor à laranja e ao citro."
Por isso, segundo o pesquisador, a fruta seria obtida com cor
semelhante se fosse produzida em
Capão Bonito (sul de SP), região
com temperaturas mais amenas
do que Ribeirão Preto, grande pólo produtor. "Em Ribeirão, a produtividade poderia ser maior,
mas em Capão Bonito é que a cor
fica superior."
(FABÍOLA SALANI)
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