País passa a ter 130 pessoas com fortuna acima de US$ 1 bi; presidente de montadora encabeça lista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar da crise global, o número de bilionários chineses passou de 101 em 2008 para 130 neste ano, de acordo com a publicação "Hurun Report". A lista elencou as mil maiores fortunas do país.
De acordo com Rupert Hoogewerf, fundador da publicação, deve haver ao menos mais uma centena de bilionários na China que ficaram fora do radar da "Hurun Report". A lista considera as fortunas em bilhões de dólares.
"Essa lista, definitivamente, coloca os ricos sob holofote, agora que a China tem o segundo maior número de bilionários, atrás dos Estados Unidos. Muitos estão acumulando riqueza fora das vistas do público com atividades como o mercado de capitais e o investimento imobiliário", disse Hoogewerf.
Em 2004, cinco anos após a divulgação do primeiro relatório "Hurun", foram identificadas na China apenas três bilionários e cem pessoas com US$ 150 milhões ou mais -neste ano, essa lista chegou a mil nomes.
"A riqueza na China está crescendo a uma velocidade assustadora", disse Hoogewerf.
O aumento nas fortunas no país está relacionado à elevação dos preços das ações e dos imóveis -que fez com que a soma das fortunas dos mil chineses mais ricos chegasse a US$ 571 bilhões em meados de setembro, ante US$ 439 bilhões no ano passado, conforme divulgou o relatório.
Neste ano, a lista dos mais ricos é encabeçada por Wang Chuanfu, 43, presidente da montadora BYD, que foi beneficiada pelo crescimento da indústria automotiva no país. Sua fortuna é estimada em US$ 5,1 bilhões. Na sequência, vem Zhang Yin, fundadora da Nine Dragons Paper, gigante da indústria de papel reciclado.
Como resultado da crise financeira global, 7 dos 10 primeiros colocados entraram na lista em 2009. Em geral, aqueles que chegaram ao topo são beneficiários do pacote de estímulo econômico lançado pelo governo chinês e fizeram fortuna atuando nos setores imobiliário e de mineração, de acordo com o relatório.
Em média, os listados têm 50 anos, cerca de 15 anos a mais do que os bilionários americanos e europeus. Mais da metade dos mais ricos chineses mora em Pequim, Xangai e Guangdong.

Com agências internacionais

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