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São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Após alcançar 19.115 pontos, Bolsa perde força e fecha em queda de 0,21%; dólar sobe 1,31% e vai a R$ 2,94

Bolsa atinge recorde, mas não se sustenta


DA REPORTAGEM LOCAL

As ações da Embratel movimentaram os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo. No melhor momento do dia, a Bolsa chegou a subir 1,7%, para alcançar um novo recorde histórico. Mas a disparada dos papéis da tele não foi o suficiente para fazer a Bovespa fechar em alta. Encerrado o pregão, a Bolsa registrava baixa de 0,21%, aos 18.754 pontos.
No fim da manhã, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) atingiu os 19.115 pontos, marca recorde em toda a história.
A forte movimentação da Bolsa ontem -foi negociado R$ 1,09 bilhão no dia- teve no anúncio da MCI de que quer vender o controle da Embratel seu principal motivo.
As ações da Embratel Participações foram responsáveis por quase 20% do movimento de ontem. O papel ON da empresa disparou 39,2%, e o PN subiu 3,2%.
Na liderança das baixas ficou outra empresa de telecomunicação, o papel PN da Tele Celular Sul, que caiu 6,1%.
No mercado de câmbio, o dia foi de pressão. O dólar fechou com valorização de 1,31%. A alta levou a moeda norte-americana a R$ 2,94, maior preço desde 25 de setembro.
Ontem foi dia de vencimento de um lote de pouco mais de US$ 400 milhões em títulos públicos atrelados à variação cambial. O Banco Central decidiu resgatar todo o lote que venceu.
Operadores de mesas de câmbio apontaram os grandes bancos como os principais compradores de dólares ontem, movimento que teria levado a moeda a fechar em alta. Dentre as instituições, o Banco do Brasil teria comprado aproximadamente US$ 100 milhões, possivelmente para o Tesouro Nacional.

Rumor de emissão
Nas mesas de operações das grandes instituições financeiras, tem ganhado força o rumor de que o governo brasileiro prepara uma nova emissão de títulos no mercado internacional. Pelos rumores, o volume dessa operação poderia chegar a 1,5 bilhão. O governo não se pronunciou sobre o assunto.
Nesse clima, os títulos da dívida brasileira mais negociados no exterior, os C-Bonds, fecharam com valorização de 0,20%. Os papéis foram vendidos a US$ 0,9400 no fim das operações de ontem, perto de seu valor recorde.
(FABRICIO VIEIRA)


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