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MERCADO FINANCEIRO
Após alcançar 19.115 pontos, Bolsa perde força e fecha em queda de 0,21%; dólar sobe 1,31% e vai a R$ 2,94
Bolsa atinge recorde, mas não se sustenta
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações da Embratel movimentaram os negócios na Bolsa
de Valores de São Paulo. No melhor momento do dia, a Bolsa
chegou a subir 1,7%, para alcançar um novo recorde histórico.
Mas a disparada dos papéis da tele não foi o suficiente para fazer a
Bovespa fechar em alta. Encerrado o pregão, a Bolsa registrava
baixa de 0,21%, aos 18.754 pontos.
No fim da manhã, o Ibovespa
(principal índice da Bolsa paulista) atingiu os 19.115 pontos, marca recorde em toda a história.
A forte movimentação da Bolsa
ontem -foi negociado R$ 1,09
bilhão no dia- teve no anúncio
da MCI de que quer vender o controle da Embratel seu principal
motivo.
As ações da Embratel Participações foram responsáveis por quase 20% do movimento de ontem.
O papel ON da empresa disparou
39,2%, e o PN subiu 3,2%.
Na liderança das baixas ficou
outra empresa de telecomunicação, o papel PN da Tele Celular
Sul, que caiu 6,1%.
No mercado de câmbio, o dia
foi de pressão. O dólar fechou
com valorização de 1,31%. A alta
levou a moeda norte-americana a
R$ 2,94, maior preço desde 25 de
setembro.
Ontem foi dia de vencimento de
um lote de pouco mais de US$ 400
milhões em títulos públicos atrelados à variação cambial. O Banco
Central decidiu resgatar todo o lote que venceu.
Operadores de mesas de câmbio apontaram os grandes bancos
como os principais compradores
de dólares ontem, movimento
que teria levado a moeda a fechar
em alta. Dentre as instituições, o
Banco do Brasil teria comprado
aproximadamente US$ 100 milhões, possivelmente para o Tesouro Nacional.
Rumor de emissão
Nas mesas de operações das
grandes instituições financeiras,
tem ganhado força o rumor de
que o governo brasileiro prepara
uma nova emissão de títulos no
mercado internacional. Pelos rumores, o volume dessa operação
poderia chegar a 1,5 bilhão. O
governo não se pronunciou sobre
o assunto.
Nesse clima, os títulos da dívida
brasileira mais negociados no exterior, os C-Bonds, fecharam com
valorização de 0,20%. Os papéis
foram vendidos a US$ 0,9400 no
fim das operações de ontem, perto de seu valor recorde.
(FABRICIO VIEIRA)
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