São Paulo, sábado, 14 de novembro de 2009

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Bolsa de SP se recupera e fecha semana com valorização

Alta ontem foi de 1,36%; dólar é cotado a R$ 1,722

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O último pregão da semana mostrou que a Bolsa se mantém com fôlego e sinalizou que as quedas recentes foram apenas correções. Ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo operou em alta durante quase todo o pregão e cravou valorização de 1,36%. Na semana, a alta acumulada foi de 1,33%.
E isso mesmo com dados econômicos negativos nos EUA. O aumento do deficit comercial norte-americano em setembro foi um dos pontos que não agradaram. A queda no índice de confiança do consumidor americano, medido pela Universidade de Michigan, também não colaborou com o humor dos investidores.
Mas o índice Dow Jones fechou com alta, de 0,72%, auxiliado pelo desempenho positivo dos papéis da Walt Disney. O balanço da empresa agradou, e suas ações subiram 4,75%.
Na Europa, os mercados também tiveram dia de alta. A Bolsa de Londres subiu 0,38%, e a de Frankfurt, 0,40%.
A agência de estatísticas Eurostat divulgou ontem que o PIB da zona do euro registrou avanço de 0,4% no terceiro trimestre, demarcando a saída da recessão.
"Não era esperado que os números europeus trouxessem nenhuma euforia aos mercados, já que vieram mais fracos que o esperado, que era aumento de 0,6%. Além disso, confirmam que a recuperação ainda decorre basicamente dos estímulos governamentais", afirmou Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.
O euro acabou por se apreciar diante do dólar -subiu 0,18% e foi a US$ 1,4893.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar também se enfraqueceu: teve depreciação de 0,92% diante do real e terminou cotado a R$ 1,722. No mês, a cotação da moeda americana tem baixa acumulada de 1,99%.
Com o dólar rondando seus menores patamares do ano, o mercado ainda especula com a possibilidade de o governo anunciar novas medidas para conter o fortalecimento do real.

Mais dinheiro externo
A taxação de 2% de IOF sobre o capital externo que ingressar no mercado local parece que não está pesando muito na decisão do estrangeiro na hora de trazer recursos para a Bolsa de Valores.
O saldo das operações feitas com capital externo estava positivo em R$ 1,14 bilhão no último dia 11. Essa entrada de recursos fez com que o saldo do ano voltasse a ficar acima dos R$ 20 bilhões. Em 2008, em meio à crise, os estrangeiros tiraram R$ 24,6 bilhões da Bolsa.
Nos últimos dez dias de outubro, após o governo anunciar a taxação, houve a saída líquida de R$ 3,9 bilhões, o que ajuda a explicar o fato de a Bolsa ter encerrado o mês passado com leve ganho de 0,05%. Os estrangeiros são a categoria que mais negocia na Bolsa, com cerca de 35% do total movimentado.
Neste mês, o índice Ibovespa acumula apreciação de 6,14%.
Das 63 ações do Ibovespa, 45 fecharam em alta na semana.


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