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Bolsa de SP se recupera e fecha semana com valorização
Alta ontem foi de 1,36%;
dólar é cotado a R$ 1,722
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O último pregão da semana
mostrou que a Bolsa se mantém com fôlego e sinalizou que
as quedas recentes foram apenas correções. Ontem, a Bolsa
de Valores de São Paulo operou
em alta durante quase todo o
pregão e cravou valorização de
1,36%. Na semana, a alta acumulada foi de 1,33%.
E isso mesmo com dados
econômicos negativos nos
EUA. O aumento do deficit comercial norte-americano em
setembro foi um dos pontos
que não agradaram. A queda no
índice de confiança do consumidor americano, medido pela
Universidade de Michigan,
também não colaborou com o
humor dos investidores.
Mas o índice Dow Jones fechou com alta, de 0,72%, auxiliado pelo desempenho positivo dos papéis da Walt Disney. O
balanço da empresa agradou, e
suas ações subiram 4,75%.
Na Europa, os mercados
também tiveram dia de alta. A
Bolsa de Londres subiu 0,38%,
e a de Frankfurt, 0,40%.
A agência de estatísticas Eurostat divulgou ontem que o
PIB da zona do euro registrou
avanço de 0,4% no terceiro trimestre, demarcando a saída da
recessão.
"Não era esperado que os números europeus trouxessem
nenhuma euforia aos mercados, já que vieram mais fracos
que o esperado, que era aumento de 0,6%. Além disso, confirmam que a recuperação ainda
decorre basicamente dos estímulos governamentais", afirmou Miriam Tavares, diretora
de câmbio da corretora AGK.
O euro acabou por se apreciar diante do dólar -subiu
0,18% e foi a US$ 1,4893.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar também se enfraqueceu: teve depreciação de
0,92% diante do real e terminou cotado a R$ 1,722. No mês,
a cotação da moeda americana
tem baixa acumulada de 1,99%.
Com o dólar rondando seus
menores patamares do ano, o
mercado ainda especula com a
possibilidade de o governo
anunciar novas medidas para
conter o fortalecimento do real.
Mais dinheiro externo
A taxação de 2% de IOF sobre
o capital externo que ingressar
no mercado local parece que
não está pesando muito na decisão do estrangeiro na hora de
trazer recursos para a Bolsa de
Valores.
O saldo das operações feitas
com capital externo estava positivo em R$ 1,14 bilhão no último dia 11. Essa entrada de recursos fez com que o saldo do
ano voltasse a ficar acima dos
R$ 20 bilhões. Em 2008, em
meio à crise, os estrangeiros tiraram R$ 24,6 bilhões da Bolsa.
Nos últimos dez dias de outubro, após o governo anunciar a
taxação, houve a saída líquida
de R$ 3,9 bilhões, o que ajuda a
explicar o fato de a Bolsa ter encerrado o mês passado com leve ganho de 0,05%. Os estrangeiros são a categoria que mais
negocia na Bolsa, com cerca de
35% do total movimentado.
Neste mês, o índice Ibovespa
acumula apreciação de 6,14%.
Das 63 ações do Ibovespa, 45
fecharam em alta na semana.
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