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Alencar diz que governo "não pode" interferir
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE
O vice-presidente da República e ministro da Defesa, José
Alencar, disse ontem que o governo federal "não pode" interferir na negociação entre o empresário Nelson Tanure, da
Docas Investimentos, e a Fundação Ruben Berta-Par, controladora da Varig.
De acordo com Alencar, que
ontem falou rapidamente sobre o tema após solenidade no
Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, não existe previsão de o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) atuar na
negociação.
"[O banco] não tem nada a
ver com isso."
Ontem, Alencar também
abusou do sentimentalismo ao
falar da companhia aérea.
"Há um sentimento nacional
em relação à Varig. Todo mundo gosta da Varig. Então todo
mundo deseja salvar a Varig. A
Varig foi a companhia que primeiramente começou a voar
para Nova York, Tóquio, Londres, Frankfurt, Roma e Paris",
afirmou Alencar.
E completou: "O que nós gostaríamos é que a Varig voltasse
a ser uma companhia que presta serviços à aviação civil, como
ela sempre prestou".
Ele afirmou ainda que o DAC
(Departamento de Aviação Civil) vai trabalhar com isenção
no momento de aprovar ou
não a proposta de compra da
empresa.
Questionado se houve um
privilégio à Docas ante a estatal
aérea portuguesa TAP, ele afirmou que "isso é uma questão
negocial na qual nós não podemos entrar".
"Os negócios são feitos por
quem está comprando e por
quem está vendendo. Nós não
estamos comprando nada nem
vendendo nada", completou o
vice-presidente.
BNDES
O presidente do BNDES, Guido Mantega, afirmou ontem
que o empréstimo concedido
para a Aero-LB -sociedade liderada pela TAP- não pode
ser transferido para o grupo
Docas.
Segundo ele, o grupo Docas
não pode obter financiamento
do BNDES para investir na Varig pois possui pendências anteriores com o banco.
"Ele [Tanure] ainda não deu
nenhum passo que envolvesse
o BNDES. O acordo envolve ele
e a Fundação Ruben Berta",
disse, após participar de seminário em São Paulo.
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