São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

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Risco-país cai a 205 pontos, menor nível da história

Recuo do indicador sinaliza menor risco de calote e chance de crédito mais barato

Índice chegou a bater os 2.436 pontos em 2002; Bolsa de SP avança 0,62%, em dia de movimento recorde de R$ 11,1 bi


DA REPORTAGEM LOCAL

O risco-país brasileiro chegou ao fim das operações de ontem a 205 pontos, queda de 3,7%. O número é menor que o piso histórico, de 206 pontos, registrado em agosto.
A queda do indicador, medido pelo banco JP Morgan, mostra que empresas e governo brasileiros carregam, aos olhos dos investidores internacionais, menores riscos de calote. Assim, é possível que emprestem dinheiro no mercado externo a custos mais baixos.
No período eleitoral de 2002, quando as incertezas em relação ao futuro governo incomodavam o mercado, o risco-país atingiu seu máximo: 2.436 pontos. Nessa época, tornou-se difícil conseguir dinheiro no mercado internacional, e as taxas cobradas dispararam.
No mercado acionário, o dia foi marcado por muita oscilação, devido aos vencimentos de índice futuro e de opções sobre o Ibovespa. A Bolsa de Valores de São Paulo, que chegou a recuar 0,55%, terminou o pregão com valorização de 0,62%.
Com os eventos extraordinários, o volume financeiro girado na Bolsa atingiu o montante recorde de R$ 11,1 bilhões. O número de negócios realizados também foi inédito (158,2 mil).
Operadores explicam que, como os investidores estavam "comprados" em Ibovespa e era interessante para eles que a Bolsa subisse ontem, houve pesadas operações para forçar o índice para cima, o que inflou o giro financeiro.

Destaques
Entre as ações, o destaque ficou com Sabesp e Copasa, que refletiram a aprovação na Câmara de uma lei que favorece investimentos no setor de saneamento básico.
O papel ON (ordinário) da Sabesp liderou as altas entre as ações do Ibovespa, ao registrar ganho de 16,85% ontem. A ação ON da Copasa subiu 16,33%.
Ontem, a Bovespa informou que o saldo dos negócios dos estrangeiros está positivo no mês em R$ 978 milhões, até o dia 8. No ano, o balanço está positivo em R$ 1,67 bilhão.
Após a alta de terça, o dólar retomou a rota de queda. Ontem, a moeda norte-americana teve queda de 0,19%, encerrando a R$ 2,148. No mês, o dólar tem baixa de 0,88%. (FV)


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