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Risco-país cai a 205 pontos, menor nível da história
Recuo do indicador sinaliza menor risco de calote e chance de crédito mais barato
Índice chegou a bater os 2.436 pontos em 2002; Bolsa de SP avança 0,62%,
em dia de movimento recorde de R$ 11,1 bi
DA REPORTAGEM LOCAL
O risco-país brasileiro chegou ao fim das operações de ontem a 205 pontos, queda de
3,7%. O número é menor que o
piso histórico, de 206 pontos,
registrado em agosto.
A queda do indicador, medido pelo banco JP Morgan, mostra que empresas e governo
brasileiros carregam, aos olhos
dos investidores internacionais, menores riscos de calote.
Assim, é possível que emprestem dinheiro no mercado externo a custos mais baixos.
No período eleitoral de 2002,
quando as incertezas em relação ao futuro governo incomodavam o mercado, o risco-país
atingiu seu máximo: 2.436 pontos. Nessa época, tornou-se difícil conseguir dinheiro no
mercado internacional, e as taxas cobradas dispararam.
No mercado acionário, o dia
foi marcado por muita oscilação, devido aos vencimentos de
índice futuro e de opções sobre
o Ibovespa. A Bolsa de Valores
de São Paulo, que chegou a recuar 0,55%, terminou o pregão
com valorização de 0,62%.
Com os eventos extraordinários, o volume financeiro girado na Bolsa atingiu o montante
recorde de R$ 11,1 bilhões. O
número de negócios realizados
também foi inédito (158,2 mil).
Operadores explicam que,
como os investidores estavam
"comprados" em Ibovespa e era
interessante para eles que a
Bolsa subisse ontem, houve pesadas operações para forçar o
índice para cima, o que inflou o
giro financeiro.
Destaques
Entre as ações, o destaque ficou com Sabesp e Copasa, que
refletiram a aprovação na Câmara de uma lei que favorece
investimentos no setor de saneamento básico.
O papel ON (ordinário) da
Sabesp liderou as altas entre as
ações do Ibovespa, ao registrar
ganho de 16,85% ontem. A ação
ON da Copasa subiu 16,33%.
Ontem, a Bovespa informou
que o saldo dos negócios dos estrangeiros está positivo no mês
em R$ 978 milhões, até o dia 8.
No ano, o balanço está positivo
em R$ 1,67 bilhão.
Após a alta de terça, o dólar
retomou a rota de queda. Ontem, a moeda norte-americana
teve queda de 0,19%, encerrando a R$ 2,148. No mês, o dólar
tem baixa de 0,88%.
(FV)
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