São Paulo, segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Índice

Inflação ameaça os EUA, diz Greenspan

Ex-presidente do BC pede fim de estímulos econômicos; assessor de Obama prevê desemprego menor

DA REDAÇÃO

O ex-presidente do Fed (BC dos EUA) Alan Greenspan fez um alerta sobre a ameaça inflacionária que ronda a maior economia do mundo. Para Greenspan, o Fed já fez tudo o que podia para reduzir o desemprego e deve se preocupar agora com o risco de inflação por conta dos estímulos injetados na economia após a crise.
"Acho que o Fed fez um trabalho extraordinário, fez muito para incentivar o emprego, mas chegou ao limite no estágio atual. Não se pode pedir ao BC que faça mais do que é capaz sem consequências drásticas", disse Greenspan à rede NBC.
Greenspan, que presidiu o Fed entre 1987 e 2006, avalia que os EUA enfrentam séria ameaça de inflação e que o BC deve começar a retirar "todo o estímulo que injetou na economia". Segundo ele, a taxa de desemprego dos EUA deve estar "significativamente menor em um ano", mas ainda muito alta.
O desemprego se tornou um tema delicado para o governo de Barack Obama, depois de bater em 10,2% em outubro. Em novembro, cedeu para 10%.
Assessores econômicos da Casa Branca previram ontem que a economia começará a criar empregos a partir de março e que incentivar a criação de postos de trabalho será prioridade do presidente Barack Obama em 2010. "Acredito que a partir da primavera [março] o crescimento de empregos começará a se tornar positivo", disse Lawrence Summers, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca.
Christina Romer, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, disse que pode haver aumento de empregos no primeiro trimestre de 2010. Mas, segundo ela, o desemprego pode subir mais antes de recuar.


Com a Reuters


Texto Anterior: Mineração: China e Vale discutem acordo, afirma jornal
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.