São Paulo, sexta, 15 de janeiro de 1999

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Governo não vê aumento do combustível

CHICO SANTOS
da Sucursal do Rio

A desvalorização do real em 8,9%, encarecendo no mesmo percentual o petróleo importado, pode não ter reflexo negativo sobre os preços dos combustíveis no país, pela análise do diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), David Zylbersztajn.
Segundo ele, a queda dos preços internacionais do petróleo ao longo de 1998, sem a correspondente queda dos preços dos derivados no Brasil, criou um "colchão" de gordura que pode garantir a permanência dos preços atuais.
Zylbersztajn disse ontem que a ANP ainda não tem um estudo sobre o que pode acontecer com os preços. Ele afirmou que, além da existência do "colchão", há uma variável de política econômica que desvincula os preços dos combustíveis do simples repasse da mudança do câmbio.
O diretor da ANP disse que, nos próximos dias, o governo deve anunciar a criação do esperado imposto único sobre combustíveis.
A cobrança desse imposto vem sendo substituída por uma taxa chamada PPE (Parcela de Preço Específica), que cobre os subsídios ainda existentes, os débitos da União com a Petrobrás e ainda reforça o caixa do Tesouro. A PPE é tão maior quanto mais barato for o petróleo importado.
Ontem, no hotel Sheraton (no Vidigal, zona sul do Rio), a ANP fez a primeira rodada de apresentação ao mercado das 27 áreas de exploração de petróleo que serão leiloadas em maio.



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