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Governo não vê aumento do combustível
CHICO SANTOS
da Sucursal do Rio
A desvalorização do real em
8,9%, encarecendo no mesmo percentual o petróleo importado, pode não ter reflexo negativo sobre os
preços dos combustíveis no país,
pela análise do diretor-geral da
ANP (Agência Nacional do Petróleo), David Zylbersztajn.
Segundo ele, a queda dos preços
internacionais do petróleo ao longo de 1998, sem a correspondente
queda dos preços dos derivados no
Brasil, criou um "colchão" de gordura que pode garantir a permanência dos preços atuais.
Zylbersztajn disse ontem que a
ANP ainda não tem um estudo sobre o que pode acontecer com os
preços. Ele afirmou que, além da
existência do "colchão", há uma
variável de política econômica que
desvincula os preços dos combustíveis do simples repasse da mudança do câmbio.
O diretor da ANP disse que, nos
próximos dias, o governo deve
anunciar a criação do esperado imposto único sobre combustíveis.
A cobrança desse imposto vem
sendo substituída por uma taxa
chamada PPE (Parcela de Preço
Específica), que cobre os subsídios
ainda existentes, os débitos da
União com a Petrobrás e ainda reforça o caixa do Tesouro. A PPE é
tão maior quanto mais barato for o
petróleo importado.
Ontem, no hotel Sheraton (no
Vidigal, zona sul do Rio), a ANP
fez a primeira rodada de apresentação ao mercado das 27 áreas de
exploração de petróleo que serão
leiloadas em maio.
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