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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Juro mais baixo não faz banco lucrar menos
Apesar da queda dos juros,
que já dura quase um ano e
meio, os bancos brasileiros
continuam ganhando muito dinheiro. Eles estão cada vez menos dependentes de operações
de tesourarias para conseguir
engordar seus lucros.
Se o Bradesco e o Itaú não tivessem amortizado integralmente as aquisições que fizeram no ano passado -os dois tinham um prazo de dez anos para lançar as operações-, o lucro dos 15 bancos cujos balanços já foram divulgados teria
crescido cerca de 10% no ano
passado. O resultado contábil
dos 15 bancos, no entanto, ficou
negativo em 8,2%.
Apesar de terem feito essas
amortizações de uma vez, o
Bradesco e o Itaú foram os bancos que exibiram os maiores lucros. O primeiro registrou
R$ 5,5 bilhões, 8,3% menos que
2005. Se não tivesse amortização, o lucro teria sido de R$ 6,3
bilhões, uma alta de 15,4% em
relação ao ano anterior.
O lucro do Itaú, o segundo
maior, foi de R$ 5 bilhões,
17,9% menor do que em 2005.
Sem a amortização, o resultado
teria sido de R$ 6,2 bilhões, 18%
a mais do que no ano anterior.
Segundo Erivelto Rodrigues,
presidente da empresa de consultoria Austin Rating, responsável por essas contas, os números do balanço dos bancos
de 2006 chamam a atenção pelo fato de eles terem conseguido crescer sem ter os mesmos
ganhos de tesouraria, como no
passado. "Os bancos estão
atuando cada vez mais como
bancos no Brasil", diz.
Beneficiando-se dos altos
"spreads" no país, os maiores
do mundo, os bancos estão expandindo cada vez mais suas
carteiras de crédito e aumentando também os ganhos com a
receita de serviços. O crédito
das 15 instituições bancárias
cresceu, em 2006, 25,91%. A receita de serviços, 17,9%.
Hoje, serviços já representam 20% do total da receita
operacional das instituições,
quando em 1994, antes da estabilização, respondiam por apenas 3,5%. "Os bancos já ganham mais com a cobrança de
serviço do que ganhavam com o
"floating" no período da inflação", diz Rodrigues.
SAÚDE AMPLIADA
A Medial Saúde avança, nesta semana, na expansão de
sua rede própria, com quatro inaugurações na agenda. São
novos centros médicos em São Paulo, com características
distintas, em diferentes regiões da cidade, com investimentos de R$ 3 milhões. Essa é apenas uma parcela do
que será gasto em 2007 -a empresa tem como meta investir R$ 200 milhões por ano na ampliação da rede. "Essas inaugurações são resultado de trabalho iniciado ainda
em 2006. Neste ano, devemos ampliar hospitais e centros
de diagnósticos", diz Jarbas Salto, diretor de expansão da
Medial. Com as inaugurações, a empresa fica com 16 centros, três hospitais e um pronto-socorro em São Paulo e
um hospital no Distrito Federal. A idéia é que a expansão
também aconteça em Brasília, no Rio e na Bahia.
TAM lança operação para o Carnaval
Marco Antonio Bologna,
presidente da TAM, anuncia
hoje uma série de medidas
para o período do Carnaval,
de 15 a 26. A principal delas é
a criação de um "hotsite"
(www.taminforma.com.br)
com todas as informações
sobre os vôos da companhia
e também dos aeroportos.
O objetivo é que o passageiro tenha informação sobre os vôos antes de sair de
casa. No site, a TAM irá informar se um aeroporto está
ou não fechado, e o motivo.
Também será criada uma
central telefônica para informações e orientações
(4002-5700) e o programa
"Fale com o Presidente"
funcionará on-line 24 horas.
"Nosso esforço é para que
a informação seja compartilhada imediatamente com
os usuários dos nossos serviços", diz Bologna.
RIQUEZA LATINA 1
O Morgan Stanley, o segundo maior banco de investimento dos Estados
Unidos, contratou cinco
pessoas do Lehman Brothers Holdings para seu escritório latino-americano de
gerenciamento de grandes
fortunas privadas, localizado em Miami, nos Estados
Unidos. Essa é a terceira
equipe contratada para a divisão neste ano.
RIQUEZA LATINA 2
O Morgan Stanley está se
expandindo na América Latina. Em janeiro, contratou
14 funcionários que trabalhavam para o Lehman e o
Goldman Sachs e que passaram a atuar em seu escritório latino-americano de gerenciamento de grandes fortunas privadas. Dos 33 bilionários latino-americanos, 16
estão no Brasil.
AVALANCHE
O advogado Ricardo Tosto, que acaba de ser nomeado presidente da Comissão
de Modernização do Sistema Judicial da OAB-SP, vai
propor a racionalização das
ações promovidas pelo poder público para desafogar
os trabalhos da Justiça estadual. Dos 16 milhões dos feitos em andamento na primeira instância, 8,5 milhões
são execuções fiscais patrocinadas pelo Estado. Tosto
quer examinar com os desembargadores a idéia de
conter a avalanche de execuções que o Executivo dispara
automaticamente sem exame prévio de validade.
REVESTIMENTO
A MatosGrey acaba de assumir a conta da Portobello.
A empresa será atendida por
todos os segmentos de serviços da agência.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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