|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Inflação e "núcleo" têm forte alta nos EUA
das agências internacionais
A inflação mostrou sua cara ontem nos EUA. O Departamento
de Trabalho divulgou que o índice de março subiu 0,7%, 0,2 ponto
percentual acima das piores projeções do mercado.
O "núcleo da inflação", que desconta elevações sazonais e serve
para medir melhor o ritmo dos
preços, teve a maior alta em cinco
anos, fechando em 0,4%.
O resultado contribuiu para o
furacão que assolou as Bolsas
norte-americanas.
O CPI (sigla em inglês para Índice de Preços ao Consumidor) mede a variação de preços de uma
cesta de 44 serviços e produtos.
Em fevereiro, havia sido de 0,5%.
O índice de 0,7% só encontra
paralelo com a inflação de abril do
ano passado e de outubro de 1990
(também 0,7%). Nos últimos 12
meses, a inflação acumulada é de
3,7%, a maior desde o período encerrado em agosto de 1991.
Até o mês passado, a justificativa para o aumento dos preços no
país era a explosão do petróleo no
mercado internacional.
Em março, os combustíveis
continuaram a ser os principais
causadores da pressão inflacionária, com alta de 4,9%.
O "núcleo de inflação" desconta
a variação de alimentos e combustíveis. A subida de 0,4% foi
puxada por vestuário, moradia e
medicamentos.
"Foi o pior anúncio de inflação
visto há muito tempo", disse Cary
Leahey, economista do Deutsche
Bank Securities em Nova York.
O Federal Reserve, o banco central norte-americano, se reúne no
dia 16 de maio para decidir sobre
os rumos dos juros no país.
Nos últimos dez meses, a taxa
básica pulou de 4,75% para 6% ao
ano, em uma tentativa de colocar
um pé no freio da economia, que
está crescendo em ritmo acelerado há 109 meses.
Com juros mais altos, diminui a
quantidade de dinheiro em circulação, reduzindo a atividade econômica. O mercado acreditava
numa alta de 0,25 ponto percentual do Fed. Ontem, refez suas
projeções e já passou a falar em
uma elevação de 0,50 ponto.
Texto Anterior: Frases do dia Próximo Texto: Inflação é o que mais preocupa o FMI Índice
|