São Paulo, sábado, 15 de abril de 2000


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Inflação e "núcleo" têm forte alta nos EUA

das agências internacionais

A inflação mostrou sua cara ontem nos EUA. O Departamento de Trabalho divulgou que o índice de março subiu 0,7%, 0,2 ponto percentual acima das piores projeções do mercado.
O "núcleo da inflação", que desconta elevações sazonais e serve para medir melhor o ritmo dos preços, teve a maior alta em cinco anos, fechando em 0,4%.
O resultado contribuiu para o furacão que assolou as Bolsas norte-americanas.
O CPI (sigla em inglês para Índice de Preços ao Consumidor) mede a variação de preços de uma cesta de 44 serviços e produtos. Em fevereiro, havia sido de 0,5%.
O índice de 0,7% só encontra paralelo com a inflação de abril do ano passado e de outubro de 1990 (também 0,7%). Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 3,7%, a maior desde o período encerrado em agosto de 1991.
Até o mês passado, a justificativa para o aumento dos preços no país era a explosão do petróleo no mercado internacional.
Em março, os combustíveis continuaram a ser os principais causadores da pressão inflacionária, com alta de 4,9%.
O "núcleo de inflação" desconta a variação de alimentos e combustíveis. A subida de 0,4% foi puxada por vestuário, moradia e medicamentos.
"Foi o pior anúncio de inflação visto há muito tempo", disse Cary Leahey, economista do Deutsche Bank Securities em Nova York.
O Federal Reserve, o banco central norte-americano, se reúne no dia 16 de maio para decidir sobre os rumos dos juros no país.
Nos últimos dez meses, a taxa básica pulou de 4,75% para 6% ao ano, em uma tentativa de colocar um pé no freio da economia, que está crescendo em ritmo acelerado há 109 meses.
Com juros mais altos, diminui a quantidade de dinheiro em circulação, reduzindo a atividade econômica. O mercado acreditava numa alta de 0,25 ponto percentual do Fed. Ontem, refez suas projeções e já passou a falar em uma elevação de 0,50 ponto.


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