São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Número de contratos DI negociados ontem dobrou; dólar encerrou o dia com baixa de 0,21%

Antes do Copom, Bolsas registram alto giro

DA REPORTAGEM LOCAL

O impacto da decisão do Copom de reduzir a taxa básica de juros para 16% deve ser pequeno no mercado hoje. A expectativa predominante no mercado financeiro era de corte de 0,25 ponto percentual na taxa.
O mercado de juros, na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), teve ontem um dia de forte movimentação, com alguns investidores realinhando suas apostas para a possibilidade de a taxa básica (Selic) ser reduzida em 0,5 ponto percentual.
O número de contratos DI (que seguem os juros interbancários) negociados dobrou em relação ao dia anterior, alcançando os 781 mil. Apenas em contratos com prazo em maio, o mais curto, foram negociados 356 mil. A taxa nesse contrato fechou a 15,81%.
Agora, os investidores passam a operar atentos à próxima reunião do Copom (dias 18 e 19 de maio). O DI com prazo em junho fechou ontem a 15,73%, taxa que indica a expectativa de que o BC seguirá cauteloso em sua condução da política monetária.
Já o expressivo giro registrado na Bolsa de Valores de São Paulo (R$ 2,23 bilhões) teve influência do vencimento de opções e de contratos de índice futuro na BM&F.
Com a redução esperada na Selic, a Bovespa não deve sofrer reflexos negativos ou positivos. Ontem a Bolsa caiu 1,36%, influenciada pelo mau desempenho dos mercado internacionais, afetados pela expectativa de que haverá elevação dos juros nos EUA antes do esperado.

Ações
Os negócios no pregão de ontem foram bastante fracionados. A ação preferencial da Telemar, a mais negociada, movimentou 8,8% do giro total.
O papel Petrobras PN -que registrou baixa de 1,74%-, o segundo maior giro, ficou com 5,8% do total.
As ações da Petrobras devem repercutir positivamente hoje o anúncio, feito no início da noite de ontem pela empresa, de descoberta de reservatórios de gás no golfo do México.
O dólar encerrou em queda de 0,21%, a R$ 2,887. Pela manhã, o dólar chegou a ser pressionado, devido ao vencimento de US$ 860 milhões em títulos cambiais que será resgatado hoje pelo Banco Central.
(FABRICIO VIEIRA)


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