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MERCADO FINANCEIRO
Número de contratos DI negociados ontem dobrou; dólar encerrou o dia com baixa de 0,21%
Antes do Copom, Bolsas registram alto giro
DA REPORTAGEM LOCAL
O impacto da decisão do Copom de reduzir a taxa básica de
juros para 16% deve ser pequeno
no mercado hoje. A expectativa
predominante no mercado financeiro era de corte de 0,25 ponto
percentual na taxa.
O mercado de juros, na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros), teve ontem um dia de forte
movimentação, com alguns investidores realinhando suas apostas para a possibilidade de a taxa
básica (Selic) ser reduzida em 0,5
ponto percentual.
O número de contratos DI (que
seguem os juros interbancários)
negociados dobrou em relação ao
dia anterior, alcançando os 781
mil. Apenas em contratos com
prazo em maio, o mais curto, foram negociados 356 mil. A taxa
nesse contrato fechou a 15,81%.
Agora, os investidores passam a
operar atentos à próxima reunião
do Copom (dias 18 e 19 de maio).
O DI com prazo em junho fechou
ontem a 15,73%, taxa que indica a
expectativa de que o BC seguirá
cauteloso em sua condução da
política monetária.
Já o expressivo giro registrado
na Bolsa de Valores de São Paulo
(R$ 2,23 bilhões) teve influência
do vencimento de opções e de
contratos de índice futuro na
BM&F.
Com a redução esperada na Selic, a Bovespa não deve sofrer reflexos negativos ou positivos. Ontem a Bolsa caiu 1,36%, influenciada pelo mau desempenho dos
mercado internacionais, afetados
pela expectativa de que haverá
elevação dos juros nos EUA antes
do esperado.
Ações
Os negócios no pregão de ontem foram bastante fracionados.
A ação preferencial da Telemar, a
mais negociada, movimentou
8,8% do giro total.
O papel Petrobras PN -que registrou baixa de 1,74%-, o segundo maior giro, ficou com
5,8% do total.
As ações da Petrobras devem
repercutir positivamente hoje o
anúncio, feito no início da noite
de ontem pela empresa, de descoberta de reservatórios de gás no
golfo do México.
O dólar encerrou em queda de
0,21%, a R$ 2,887. Pela manhã, o
dólar chegou a ser pressionado,
devido ao vencimento de US$ 860
milhões em títulos cambiais que
será resgatado hoje pelo Banco
Central.
(FABRICIO VIEIRA)
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