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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Philips cogita hipótese de sair da Zona Franca de Manaus
Há apenas duas semanas no
cargo, o novo presidente da
Philips, Paulo Zottolo, já se depara com um grande problema
pela frente. A matriz da multinacional, que fica na Holanda,
não se conforma com o fato de
uma das empresas instaladas
na Zona Franca de Manaus ter
um benefício fiscal maior do
que as demais.
O que mais incomoda a sede
na Holanda é que a Philips, por
não contar com esse benefício,
vem perdendo competitividade
e, por conseqüência, uma fatia
importante do mercado eletroeletrônico, principalmente
na área de TV.
Segundo a Folha apurou, o
problema é tão grave que a Philips já até cogita a possibilidade
de transferir sua fábrica da Zona Franca para outra região. A
Philips foi a primeira do setor a
se instalar na Zona Franca, há
30 anos.
O problema não atinge apenas a Philips. Outras empresas,
como Samsung, Toshiba e Gradiente, também se sentem prejudicadas e já levaram o problema ao governador do Amazonas, Eduardo Braga. Até agora, no entanto, as tentativas de
mudança da situação não foram bem-sucedidas. O que elas
querem é que o benefício seja
estendido a todas. Procuradas
pela Folha, as empresas, inclusive a Philips, preferiram não
falar nada sobre essa questão.
Nos últimos dias, no entanto,
tem circulado a informação no
mercado de que essa insatisfação das empresas atingiu o limite, e uma das mais inconformadas é a Philips. Amanhã, está prevista na agenda do governador Eduardo Braga uma reunião com Zottolo. O tema deverá certamente ser colocado na
mesa.
O problema não é novo. Cerca de quatro anos atrás, Braga
fez uma alteração na lei de incentivo fiscal que obrigava as
empresas a um pagamento
maior do ICMS caso realizassem um novo projeto de investimento.
A grande maioria das empresas aderiu à nova lei e, desde
então, vem pagando mais impostos. Uma das empresas, porém, não aderiu e, por isso, está
obtendo vantagens fiscais
enormes em relação aos seus
concorrentes. Os ganhos chegam a US$ 100 milhões por
ano. Num setor competitivo
como esse, no qual as margens
são muito pequenas, qualquer
benefício, por menor que seja,
pode representar uma vantagem competitiva muito grande.
FIM DA FILA
A Receita está investindo
para diminuir as filas de
quem foi pego pela malha fina. Ainda neste ano, entrará
em vigor um aplicativo que
permitirá aos contribuintes
chamados a explicar sua declaração enviar os documentos necessários pela internet. "Nossa intenção é facilitar a vida de todo mundo",
afirmou o coordenador de
tecnologia da informação da
Receita Federal, Donizetti
Victor Rodrigues. E as tentativas de fraudes? "Não darão
certo. Todas as informações
serão cruzadas", garante.
PELA MANHÃ
A chef Danielle Dahoui, do À Coté Bar Bistro, em São Paulo, vai aumentar o trabalho na sua cozinha. A casa, que foi
inaugurada no ano passado, a partir deste mês passará a servir almoço de terça a sexta para atender ao público da região da avenida Paulista, de onde é vizinha. "Estou muito perto e
há muita demanda de executivos nesse horário", afirma
Daouhi. A partir de maio, durante os fins de semana, as atividades do restaurante também serão ampliadas com um "brunch" aos sábados acompanhado de acid jazz e, aos domingos, com bossa nova. Dona de outro restaurante, também paulista, o Ruella Bistrot, Dahoui inspira sua cozinha
no sul da França e procura decorar os restaurantes "como
uma extensão de casa". A chef, que deu seus primeiros passos na cozinha brincando de receita quando era criança, afirma que "os detalhes têm história e dão personalidade ao
lugar".
NEGÓCIOS
A diretoria da Abdib se
reúne amanhã com Miguel
Jorge (Desenvolvimento)
em SP. Paulo Godoy, presidente da entidade, vai guiar
o debate sobre projetos e
propostas que tramitam
dentro do governo e que interferem diretamente na
qualidade do ambiente para
negócios e investimentos.
Na pauta, a reforma tributária, com simplificação da legislação e redução da carga
de impostos. Medidas provisórias e projetos de lei que
constam do PAC também farão parte da conversa.
CONTRAMÃO
Newton Simões, presidente da Racional Engenharia,
nem pensou em abrir capital, como fizeram muitas empresas do setor. De acordo com ele, essa tendência tem o objetivo de alcançar o lucro rápido, o que não combina
com o perfil de longo prazo, característico da construção.
Na contramão, Simões preferiu fazer parcerias com fundos de investimentos. "Acredito que é mais compatível com o ritmo do negócio." Para 2007, ele prevê um aumento de 51% no faturamento da empresa, estimado em R$ 540 milhões.
PRORROGAÇÃO
O Banco do Brasil e a Prefeitura de Campinas irão
prorrogar por mais cinco
anos seu convênio de parceria. O contrato prevê a centralização de todos os negócios da prefeitura e das empresas públicas do município no BB. A folha de pagamento tem cerca de 21 mil
servidores.
VELOCÍMETRO
Nos próximos dias, a Jaguar traz ao país o esportivo
XKR, seu modelo mais caro
e veloz, que chega a 250 km/
h, limitado eletronicamente.
Tem oito cilindros e 420 cavalos. Só três unidades desembarcarão por aqui.
OS JETSONS
Mobilidade e dinheiro eletrônico são as apostas do diretor regional de vendas da
Cisco, Marcelo Menta. "As
empresas têm de se preparar. E-mail é coisa do passado", disse o executivo no IT
Fórum, em Comandatuba.
"A próxima geração consumirá produtos que não conseguimos conceber."
O jeito de se preparar, para Menta, é investir em TI.
"A Cisco destina 15% do faturamento à inovação." Em
2006, a receita da empresa
foi de US$ 25 bilhões.
Para ele, as empresas tendem a deixar práticas que,
hoje, são apenas custo. "Na
Cisco, ninguém tem mesa fixa, nem o presidente. Eu trabalho até três vezes por semana na minha casa. Mais de 50% dos funcionários não
precisam estar fisicamente
na empresa para fazer um
bom trabalho. Precisaríamos de dois andares extras
para acomodar todo mundo,
um custo desnecessário."
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