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BARRIL DE PÓLVORA
Reservas americanas de óleo caem muito mais que o previsto e preços devem subir mais ainda hoje
Petróleo tem maior cotação desde ataques
DA REDAÇÃO
O preço do barril do petróleo
subiu 3,45% ontem na Bolsa Mercantil de Nova York e atingiu a
maior cotação do ano, US$ 29,36.
O óleo não estava tão caro (e não
ficava acima de US$ 29) no mercado norte-americano desde o dia
14 de setembro do ano passado,
quando a Bolsa voltou a operar,
depois de permanecer três dias fechado em decorrência dos ataques terroristas do dia 11.
Entre os analistas do setor, a expectativa de uma queda nas reservas norte-americanas foi a principal razão apontada para a forte alta dos últimos dias.
O balanço semanal do American Petroleum Institute, órgão ligado ao Departamento de Energia dos EUA, sobre a situação dos
estoques só foi divulgado depois
do encerramento do pregão. O
mercado esperava uma redução
de 2,5 milhões de barris em relação à semana anterior, mas, na
verdade, a queda foi ainda maior,
de 7,4 milhões. Com isso, as cotações devem subir ainda mais hoje.
No acumulado dos últimos seis
pregões, o petróleo já registra alta
de 12% em Nova York.
Na Bolsa Internacional do Petróleo, em Londres, o barril também fechou em alta. Com valorização de 2,75%, o produto encerrou o dia vendido a US$ 27,31.
Anteontem, a IEA (International Energy Agency), órgão ligado
à OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgou um relatório
em que prevê um aperto na oferta
do produto nos mercados internacionais durante os próximos
seis meses, enquanto a demanda
tende a recuperar o fôlego.
A situação, segundo o instituto,
pode se agravar ainda mais se a
Opep (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo) mantiver seus atuais níveis de produção, que são os menores desde
1993. No ano passado, por causa
da estagnação econômica nos países industrializados, o consumo
de petróleo desabou, e os preços
caíram abaixo de US$ 20.
A reação do cartel petrolífero foi
reduzir o ritmo de exploração. A
Rússia e a Noruega, que não fazem parte da Opep, mas são os
maiores exportadores mundiais
depois da Arábia Saudita, também colaboraram, diminuindo a
produção. A meta de Opep é
manter o barril entre US$ 22 e
US$ 28, na média da cotação de
sete tipos de petróleo. Na segunda-feira, a cesta valia US$ 25,95.
Como as cotações permanecem
dentro da margem de variação, a
Opep não deve elevar sua produção no momento.
Com agências internacionais
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