São Paulo, sábado, 15 de maio de 2010

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Capitalização é "indispensável", afirma diretor

DA SUCURSAL DO RIO

O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou ontem que a União vai participar da capitalização da companhia mesmo que o Congresso não aprove a operação por meio da transferência de reservas de petróleo do pré-sal do ente federal -a chamada cessão onerosa.
Segundo ele, a capitalização neste ano é "indispensável" e a companhia se prepara para realizá-la mesmo sem a cessão onerosa das reservas não licitadas do pré-sal -em parte já descobertas pela ANP e estimadas em 4,5 bilhões de barris de óleo e gás.
Sem a aprovação do Congresso, a opção da Petrobras é fazer uma captação em Bolsa, aberta a todos os acionistas.
Se a União não entrar nessa operação, corre o risco de ver sua participação na empresa minguar -hoje tem 51% em ações ordinárias (de controle) e pouco menos de 40% do capital total.
"Ela [União] vai participar. A União não tem interesse nenhum em ser diluída [no capital]", disse.
Barbassa afirmou que atualmente a Petrobras gasta mais em investimento do que a sua capacidade de geração de caixa.
Tal descasamento obriga a companhia a buscar recursos no mercado para fortalecer sua estrutura de capital e, assim, ter mais fôlego para se endividar -sem colocar em risco os indicadores de solvência.
No primeiro trimestre, a estatal investiu R$ 18 bilhões -22% acima do ano passado. A cifra supera a geração de caixa da companhia: R$ 15 bilhões no período. (PS)


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