São Paulo, terça-feira, 15 de junho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Segundo levantamento, taxa básica deve ser mantida também em julho; dólar fechou ontem a R$ 3,17

Pesquisa do BC aponta manutenção do juro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central deve manter os juros básicos da economia inalterados por pelo menos mais dois meses, segundo a projeção de analistas de mercado consultados pelo próprio BC.
Amanhã, o Copom (Comitê de Política Monetária), cuja reunião deste mês começa hoje, decide se altera ou não a taxa Selic, que está em 16% ao ano. De acordo com o levantamento, os juros permanecerão estáveis tanto nesta reunião quanto na próxima, marcada para os dias 20 e 21 de julho.
A pesquisa também sugere um maior pessimismo do mercado em relação à inflação. A alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) esperada para este ano passou de 6,59% para 6,61%. Para o ano que vem, a estimativa foi de 5,37% para 5,48%. Foi a quinta semana consecutiva de alta. Já a estimativa para o IGP-M deste ano registrou alta pela 17ª semana seguida e foi a 10,31%.
As projeções para o crescimento da economia, por sua vez, não mudaram. Tanto em 2004 quanto em 2005, os analistas dizem que o PIB deve crescer 3,5%. O saldo esperado para a balança comercial neste ano passou de US$ 26,1 bilhões para US$ 27 bilhões.
À espera do Copom, o mercado financeiro teve um dia ruim. O dólar fechou a R$ 3,17 (maior valor do mês), com alta de 0,92%. A Bovespa caiu 1,75%. O risco-país subiu 3,2%, a 705 pontos.
De negativo, o avanço da inflação medida pelo IPC da Fipe, não agradou aos investidores. O anúncio da Petrobras sobre o aumento no preço da gasolina trouxe preocupação em relação ao desempenho futuro da inflação.
Dados sobre o déficit comercial americano, que ficou acima do projetado, também ajudaram a azedar o mercado.
O destaque do pregão da Bovespa de ontem ficou com as ações da Petrobras, que fecharam em alta após o anúncio do reajuste do preço da gasolina.
A ação ON da Petrobras subiu 0,27%, e a PN teve alta de 0,75%. Durante o dia, as ações chegaram a cair mais de 2%.
Para hoje, os investidores esperam a divulgação do índice de preços aos consumidores norte-americanos (CPI) de maio. O indicador pode reforçar a expectativa de que haverá um aperto monetário mais severo pelo banco central dos EUA, ou seja, de que os juros americanos podem subir de forma mais forte.


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