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MERCADO FINANCEIRO
Segundo levantamento, taxa básica deve ser mantida também em julho; dólar fechou ontem a R$ 3,17
Pesquisa do BC aponta manutenção do juro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Banco Central deve manter os
juros básicos da economia inalterados por pelo menos mais dois
meses, segundo a projeção de
analistas de mercado consultados
pelo próprio BC.
Amanhã, o Copom (Comitê de
Política Monetária), cuja reunião
deste mês começa hoje, decide se
altera ou não a taxa Selic, que está
em 16% ao ano. De acordo com o
levantamento, os juros permanecerão estáveis tanto nesta reunião
quanto na próxima, marcada para os dias 20 e 21 de julho.
A pesquisa também sugere um
maior pessimismo do mercado
em relação à inflação. A alta do
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) esperada para este ano
passou de 6,59% para 6,61%. Para
o ano que vem, a estimativa foi de
5,37% para 5,48%. Foi a quinta semana consecutiva de alta. Já a estimativa para o IGP-M deste ano
registrou alta pela 17ª semana seguida e foi a 10,31%.
As projeções para o crescimento da economia, por sua vez, não
mudaram. Tanto em 2004 quanto
em 2005, os analistas dizem que o
PIB deve crescer 3,5%. O saldo esperado para a balança comercial
neste ano passou de US$ 26,1 bilhões para US$ 27 bilhões.
À espera do Copom, o mercado
financeiro teve um dia ruim. O
dólar fechou a R$ 3,17 (maior valor do mês), com alta de 0,92%. A
Bovespa caiu 1,75%. O risco-país
subiu 3,2%, a 705 pontos.
De negativo, o avanço da inflação medida pelo IPC da Fipe, não
agradou aos investidores. O
anúncio da Petrobras sobre o aumento no preço da gasolina trouxe preocupação em relação ao desempenho futuro da inflação.
Dados sobre o déficit comercial
americano, que ficou acima do
projetado, também ajudaram a
azedar o mercado.
O destaque do pregão da Bovespa de ontem ficou com as ações
da Petrobras, que fecharam em
alta após o anúncio do reajuste do
preço da gasolina.
A ação ON da Petrobras subiu
0,27%, e a PN teve alta de 0,75%.
Durante o dia, as ações chegaram
a cair mais de 2%.
Para hoje, os investidores esperam a divulgação do índice de
preços aos consumidores norte-americanos (CPI) de maio. O indicador pode reforçar a expectativa de que haverá um aperto monetário mais severo pelo banco
central dos EUA, ou seja, de que
os juros americanos podem subir
de forma mais forte.
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