São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 2005

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MERCADO ABERTO

Empresários criam grupo anticrise

No jantar na segunda-feira na Fiesp, os empresários presentes criaram uma espécie de grupo informal que pode ser convocado a qualquer momento. Na semana que vem, o grupo deve novamente se reunir para começar a tomar algumas decisões com o objetivo de contribuir para que a crise política não contamine a economia.
Os empresários que foram ao encontro de segunda à noite defenderam a apuração completa das denúncias de corrupção envolvendo os Correios, o IRB e o "mensalão". Eles acham que a CPI deve fazer o seu trabalho normalmente. A preocupação dos empresários é a de a crise política paralisar o Congresso e frear o crescimento econômico.
O jantar organizado por Paulo Skaf reuniu cerca de 20 empresários. Entre eles, Antônio Ermírio de Moraes (Votorantim), Emílio e Marcelo Odebrecht (Odebrecht), Benjamin Steinbruch (CSN), Paulo Cunha (Ultra), Josué Gomes da Silva (Coteminas), Abram Szajman (Fecomercio SP), Fábio Meirelles (federação da agricultura de SP), Guilherme Ometto (Copersucar), Jacques Rabinovitch (Vicunha), Ivo Rosset (Valisère), Fernando Botelho (Camargo Corrêa) e Lawrence Pih (Moinho Pacífico).
Os empresários manifestaram apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e consideraram descabidas e inoportunas as notícias de pedidos de "impeachment". Eles deixaram claro, no entanto, que são favoráveis à apuração de todas as denúncias e à punição dos culpados.
Após o jantar, os empresários selaram uma espécie de pacto de silêncio sobre o que foi discutido no jantar. Eles querem manter os encontros "guardados a sete chaves" para terem mais liberdade de expressarem suas opiniões sobre todos os temas. Entre eles, a governabilidade e as eleições.

ALUGA-SE
O prédio que abrigava o Banco Santos na marginal Pinheiros, em SP, está para alugar. Quem quiser ocupar os nove andares do edifício deverá desembolsar R$ 900 mil por mês. A JHSF Engenharia, proprietária do edifício em estilo neoclássico, diz haver sete interessados, mas não revela os nomes. O Banco Santos pagava R$ 1,2 milhão por mês. A diferença de R$ 300 mil, segundo a JHSF, era cobrada para o banco ostentar o seu logotipo no topo do edifício.

FESTAS LUCRATIVAS
O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) espera uma alta de 12% na distribuição de direitos autorais aos titulares das músicas tocadas nas festas juninas neste ano.

NO CARTÃO
O faturamento das compras com cartões de crédito da Caixa Econômica Federal cresceu 20% até maio ante o mesmo período do ano passado. O volume de compras atingiu R$ 1,6 bilhão neste ano. A projeção da Caixa para 2005 é de alta de 30%.

PENDÊNCIAS
Os processos trabalhistas ainda em andamento contra o Banco Econômico, em liqüidação extrajudicial, devem ter sua solução acelerada. O escritório Mesquita Barros Advogados foi especialmente contratado para cuidar das pendências. O Econômico sofreu intervenção do Banco Central em 1995 e, desde 2003, pertence ao Bradesco.

LUCRO EM CASA
A chegada em DVD de filmes de sucesso como "Robôs" e "Star Wars III" levou a Fox Home Entertainment a prever uma elevação de 90% no faturamento no último quadrimestre do ano.

PROTESTOS
O número de títulos efetivamente protestados em São Paulo subiu 2,17% em maio em relação a abril, de 91.220 para 93.204, segundo o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos - seção SP.

CAIXA EXPORTADOR
A empresa de soluções para o relacionamento com clientes NCR anuncia hoje o início das exportações de sua linha de terminais de auto-atendimento bancário para a América Latina.

LANÇAMENTO
O livro "Jornalistas Brasileiros - Quem é quem no Jornalismo de Economia", de Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal, reúne o perfil de cerca de 500 profissionais de todo o país, da mídia impressa e eletrônica. Além de destacar a trajetória no jornalismo dos profissionais, a obra também mostra curiosidades sobre a vida deles fora do ambiente profissional. O objetivo do projeto é apresentar ao mercado, às empresas e às fontes de informação dados mais detalhados sobre os profissionais com os quais convivem no dia-a-dia.

Autores: Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal (organizadores) Editora: Mega Brasil Comunicação

NOVOS CAMPOS
A dois dias de completar dez anos de existência, a ESPN Brasil mira novas fontes de receita e troca hoje de diretor-geral. O novo site do canal pago, inagurado no mês passado, elevou o número de pageviews em mais de 120% e agregou três patrocinadores, conforme planos do grupo para que ele atraia negócios. No comando, German Von Hartenstein substitui Júlio Bartolo, que era diretor-geral desde a estréia do canal. Então diretor financeiro da ESPN Brasil e formado em administração, Hartenstein diz que o canal já se sustenta há dois anos e meio e comemora o fato de, em 2005, ter saltado de 54 para 80 o número de patrocinadores. Ele atribui a alta à recuperação da economia e à reformulação da equipe de publicidade.


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