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TELES
Vice-presidente de tribunal suspende liminar contra a Telefônica e reintroduz cobrança para consumidores de Catanduva
Juiz libera cobrança de assinatura telefônica
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi suspensa ontem a liminar
que interrompia a cobrança da tarifa de assinatura mensal dos
clientes da Telefônica da comarca
de Catanduva (385 km de São
Paulo). O vice-presidente do 1º
Tribunal de Alçada Civil (TAC)
do Estado de São Paulo, Oscarlino
Moeller, suspendeu a decisão até
que um recurso da Telefônica seja
julgado pelo tribunal.
No despacho, Moeller afirma
que não é verossímil a justificativa
da liminar de que a cobrança de
assinatura ocorre atualmente
"sem o devido suporte necessário". Isso porque, segundo o vice-presidente do TAC, a Lei Geral de
Telecomunicações prevê a cobrança "dos serviços que a prestadora oferece, o que se realiza por
meio de tarifas".
A assinatura mensal, segundo
Moeller, é uma tarifa e, como
"preço público", se diferencia da
taxa (como a assinatura foi classificada pelos autores do pedido).
O juiz afirma ainda que uma
eventual decisão sobre o assunto
deve vir de uma decisão de mérito, e não de uma liminar (decisão
temporária), alertando para o que
chama de "irreversibilidade da
decisão": "Todos os consumidores, utilizando-se gratuitamente
dos serviços de telefonia, não estariam aptos a pagar, de uma só
vez, os consumos realizados em
suas contas individuais".
A liminar havia sido concedida
no dia 25 de junho pelo juiz Paulo
Cícero Augusto Pereira, da 1ª Vara Cível de Catanduva, a partir de
uma ação civil pública do deputado estadual José Dilson de Carvalho (PDT) e do CDCon (Centro de
Defesa do Consumidor e Cidadania) de São Carlos (SP).
Ela causou polêmica quanto à
abrangência da decisão. Isso porque a ação civil pública pede a
suspensão da cobrança da taxa
"de todos os consumidores de linhas telefônicas do Estado de São
Paulo", em primeiro lugar, e, "caso Vossa Excelência entenda necessário", como diz o texto da
ação, "apenas dos consumidores
da comarca de Catanduva".
Pereira, no entanto, deferiu "na
forma requerida", ou seja, da forma como foi pedida, sem especificar a abrangência.
OAB
A OAB (Ordem dos Advogados
do Brasil) de São Paulo pretende
entrar com uma ação coletiva na
próxima semana pedindo a suspensão da cobrança da assinatura
de telefone para os advogados filiados à entidade. De acordo com
o presidente da OAB-SP, Luiz Flavio Borges D'Urso, a entidade ainda está estudando os argumentos
que serão usados para pedir a suspensão "ou até ressarcimento em
alguns casos".
(MAELI PRADO)
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