|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Depois de subir 1,9%, Bolsa fecha estável; saldo de investimento estrangeiro no mês é negativo
Petróleo em alta desanima investidores
DA REPORTAGEM LOCAL
A influência negativa da elevação do preço do barril de petróleo
nos mercados internacionais
atropelou o ritmo positivo que
perdurava na Bovespa ontem.
Depois de chegar a subir 1,91%,
levando o Ibovespa (principal índice do mercado de ações paulista) a superar o nível dos 22 mil
pontos, a Bolsa encerrou o dia
praticamente estável, com pequeno recuo de 0,02%.
A intensificação da disputa dos
investidores, devido à proximidade do vencimento de opções na
próxima semana, fez o giro financeiro de ontem ser o maior em
três semanas. A movimentação ficou em R$ 1,526 bilhão.
Os investidores se animaram
com dados divulgados pelo IBGE
que apontam crescimento da produção industrial, movimento que
sustentou a alta da Bolsa durante
quase todo o dia, até ser atropelado pela alta do petróleo.
O preço do barril encerrou ontem no patamar mais elevado
desde o início de junho, influenciado pela queda dos estoques
americanos da commodity na semana passada. O contrato do barril para entrega em agosto em Nova York encerrou com cotação de
US$ 40,97, alta de 3,9%.
Em Londres, o barril ganhou
5% e fechou a US$ 38,54.
Já a participação dos investidores estrangeiros na Bolsa no mês
está negativa, como foi em junho.
Até o dia 12 deste mês, o montante de vendas de ações realizadas
pelos investidores estrangeiros
superou o resultado das compras
em R$ 165,5 milhões.
Em junho, esse saldo ficou negativo em R$ 571 milhões, sendo o
primeiro mês do ano em que as
vendas superaram as compras.
Mesmo com o vencimento de
uma dívida cambial de US$ 989
milhões, que será resgatada pelo
Banco Central, o dólar fechou em
queda de 0,46%, a R$ 3,026.
Já as projeções dos juros futuros
pouco oscilaram na BM&F (Bolsa
de Mercadorias & Futuros). Apesar de o mercado estar mais calmo desde a reunião do Copom do
mês passado, com dólar e risco-país em níveis mais baixos, a expectativa predominante ainda é
que a taxa básica de juros não será
alterada neste mês.
"Nem a reunião do Copom na
próxima semana deverá ser suficiente para provocar grandes alterações nas expectativas domésticas, pois deve ser praticamente
consensual a previsão de manutenção dos juros", diz o Bradesco
em relatório.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Comunicação: Entidades de mídia manifestam desinteresse por ajuda do BNDES Próximo Texto: O vaivém das commodities Índice
|