São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Depois de subir 1,9%, Bolsa fecha estável; saldo de investimento estrangeiro no mês é negativo

Petróleo em alta desanima investidores

DA REPORTAGEM LOCAL

A influência negativa da elevação do preço do barril de petróleo nos mercados internacionais atropelou o ritmo positivo que perdurava na Bovespa ontem.
Depois de chegar a subir 1,91%, levando o Ibovespa (principal índice do mercado de ações paulista) a superar o nível dos 22 mil pontos, a Bolsa encerrou o dia praticamente estável, com pequeno recuo de 0,02%.
A intensificação da disputa dos investidores, devido à proximidade do vencimento de opções na próxima semana, fez o giro financeiro de ontem ser o maior em três semanas. A movimentação ficou em R$ 1,526 bilhão.
Os investidores se animaram com dados divulgados pelo IBGE que apontam crescimento da produção industrial, movimento que sustentou a alta da Bolsa durante quase todo o dia, até ser atropelado pela alta do petróleo.
O preço do barril encerrou ontem no patamar mais elevado desde o início de junho, influenciado pela queda dos estoques americanos da commodity na semana passada. O contrato do barril para entrega em agosto em Nova York encerrou com cotação de US$ 40,97, alta de 3,9%.
Em Londres, o barril ganhou 5% e fechou a US$ 38,54.
Já a participação dos investidores estrangeiros na Bolsa no mês está negativa, como foi em junho. Até o dia 12 deste mês, o montante de vendas de ações realizadas pelos investidores estrangeiros superou o resultado das compras em R$ 165,5 milhões.
Em junho, esse saldo ficou negativo em R$ 571 milhões, sendo o primeiro mês do ano em que as vendas superaram as compras.
Mesmo com o vencimento de uma dívida cambial de US$ 989 milhões, que será resgatada pelo Banco Central, o dólar fechou em queda de 0,46%, a R$ 3,026.
Já as projeções dos juros futuros pouco oscilaram na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Apesar de o mercado estar mais calmo desde a reunião do Copom do mês passado, com dólar e risco-país em níveis mais baixos, a expectativa predominante ainda é que a taxa básica de juros não será alterada neste mês.
"Nem a reunião do Copom na próxima semana deverá ser suficiente para provocar grandes alterações nas expectativas domésticas, pois deve ser praticamente consensual a previsão de manutenção dos juros", diz o Bradesco em relatório. (FABRICIO VIEIRA)


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