São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2008

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Bolsa de SP acompanha NY e sobe 1%; dólar vai a R$ 1,626

Operadores apontam volta de investidores estrangeiros

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa conseguiu respirar mais um dia, ao registrar valorização de 1,04% no pregão de ontem. Mas suas perdas acumuladas em agosto ainda são muito expressivas, de 7,34%. Ao fechar aos 55.138 pontos, a Bolsa está com uma queda anual de 13,69%.
O mercado acionário americano teve desempenho parecido com o brasileiro: a Nasdaq subiu 1,03%, e o índice Dow Jones se apreciou em 0,72%. Mas as Bolsas nos EUA estão atravessando um mês bem mais animador que a Bovespa. O Dow Jones tem alta mensal de 2,09%, e a Nasdaq, de 5,51%.
A recuperação de algumas commodities metálicas no exterior favoreceu o desempenho das ações de siderúrgicas na Bolsa paulista. Papéis como o ordinário da Gerdau (alta de 3,76%) e o preferencial "A" da Vale (ganho de 2,67%) foram relevantes para a Bovespa terminar em terreno positivo.
Em seu melhor momento, o índice Ibovespa marcou 2,11% de valorização ontem.
Nos últimos dois pregões, foi notada no mercado uma participação mais forte dos investidores estrangeiros na ponta de compra, segundo operadores. Mas, ao menos até o dia 11, o saldo das operações dos estrangeiros na Bolsa estava negativo, em R$ 1,47 bilhão -apesar de elevada, a cifra é relativamente baixa em comparação aos cerca de R$ 15 bilhões que deixaram a Bolsa entre junho e julho.
Quem não aproveitou a melhora do mercado foi a Petrobras. Com nova baixa, as ações da petrolífera sofrem desvalorização forte no mês, de 6,85% (PN) e 6,92% (ON). No pregão de ontem, as quedas foram de 0,91% (PN) e 0,84% (ON).
Além da depreciação do barril do petróleo no exterior, as incertezas em torno da possibilidade de ser criada uma nova estatal para controlar as reservas do pré-sal têm afetado negativamente as ações da petrolífera na Bolsa.
O setor bancário teve um dia de ganhos. As ações units do Unibanco foram as que mais se apreciaram, com alta de 3,93%. O papel ordinário do BB, que apresentou lucro de R$ 3,99 bilhões no primeiro semestre do ano, subiu 2,83%.
A trégua no mercado de câmbio durou pouco, e o dólar retomou a rota de alta diante do real. No mês, a apreciação da moeda norte-americana alcança 4,03%. Nas operações de ontem, houve alta de 0,68%, o que levou a cotação da moeda a R$ 1,626. (FABRICIO VIEIRA)


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