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Bolsa de SP acompanha NY e sobe 1%; dólar vai a R$ 1,626
Operadores apontam volta de investidores estrangeiros
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa conseguiu respirar mais um dia, ao registrar valorização de 1,04% no pregão
de ontem. Mas suas perdas acumuladas em agosto ainda são
muito expressivas, de 7,34%.
Ao fechar aos 55.138 pontos, a
Bolsa está com uma queda
anual de 13,69%.
O mercado acionário americano teve desempenho parecido com o brasileiro: a Nasdaq
subiu 1,03%, e o índice Dow Jones se apreciou em 0,72%. Mas
as Bolsas nos EUA estão atravessando um mês bem mais
animador que a Bovespa. O
Dow Jones tem alta mensal de
2,09%, e a Nasdaq, de 5,51%.
A recuperação de algumas
commodities metálicas no exterior favoreceu o desempenho
das ações de siderúrgicas na
Bolsa paulista. Papéis como o
ordinário da Gerdau (alta de
3,76%) e o preferencial "A" da
Vale (ganho de 2,67%) foram
relevantes para a Bovespa terminar em terreno positivo.
Em seu melhor momento, o
índice Ibovespa marcou 2,11%
de valorização ontem.
Nos últimos dois pregões, foi
notada no mercado uma participação mais forte dos investidores estrangeiros na ponta de
compra, segundo operadores.
Mas, ao menos até o dia 11, o
saldo das operações dos estrangeiros na Bolsa estava negativo,
em R$ 1,47 bilhão -apesar de
elevada, a cifra é relativamente
baixa em comparação aos cerca
de R$ 15 bilhões que deixaram a
Bolsa entre junho e julho.
Quem não aproveitou a melhora do mercado foi a Petrobras. Com nova baixa, as ações
da petrolífera sofrem desvalorização forte no mês, de 6,85%
(PN) e 6,92% (ON). No pregão
de ontem, as quedas foram de
0,91% (PN) e 0,84% (ON).
Além da depreciação do barril do petróleo no exterior, as
incertezas em torno da possibilidade de ser criada uma nova
estatal para controlar as reservas do pré-sal têm afetado negativamente as ações da petrolífera na Bolsa.
O setor bancário teve um dia
de ganhos. As ações units do
Unibanco foram as que mais se
apreciaram, com alta de 3,93%.
O papel ordinário do BB, que
apresentou lucro de R$ 3,99 bilhões no primeiro semestre do
ano, subiu 2,83%.
A trégua no mercado de câmbio durou pouco, e o dólar retomou a rota de alta diante do
real. No mês, a apreciação da
moeda norte-americana alcança 4,03%. Nas operações de ontem, houve alta de 0,68%, o que
levou a cotação da moeda a R$
1,626.
(FABRICIO VIEIRA)
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