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NEGÓCIO
Aquisição de laboratório faz parte de planos de fundos de investimentos no Brasil
Delboni Auriemo compra Laboratórios Lavoisier
RUI DA SILVA SANTOS
da Reportagem Local
O laboratório de análises clínicas Delboni Auriemo Medicina
Diagnóstica adquiriu 100% das
ações do Laboratório Lavoisier,
por um preço não revelado.
A compra faz parte de plano de
investimentos de US$ 100 milhões
para os próximos cinco anos, que
financiará a instalação de novas
unidades na região Sudeste e a incorporação de novas tecnologias
de apoio diagnóstico.
"O objetivo é atender a 32 milhões de pessoas da região nos
próximos cinco anos, dobrando o
número de atendimentos feitos
hoje pelas 21 unidades da Delboni. Para isso, serão construídas
nove unidades na Grande São
Paulo e uma em Curitiba", afirmou Armando Pereira Filho, diretor operacional da Delboni.
As novas unidades deverão
criar mil empregos quando estiverem funcionando. Atualmente,
as duas empresas empregam
1.800 funcionários.
O novo grupo, que será o maior
da América Latina em análise clínica e realização de diagnósticos,
pretende manter 15% de participação na região Sudeste.
Em 1998, a Delboni faturou R$
74 milhões e obteve 10% do mercado, atendendo 1.010.000 pacientes; com faturamento de R$
32 milhões, a Lavoisier teve 5% de
participação no mercado e atendeu 400 mil pacientes.
A atual diretoria da Delboni assumirá o controle do grupo, sob
comando do médico Caio Auriemo. Os dez laboratórios da Lavoisier, instalados na Grande São
Paulo, continuarão funcionando
normalmente, mas, por enquanto, não há perspectiva de criação
de novas unidades.
A compra da Lavoisier é o primeiro passo para a criação de
uma rede nacional de centros de
diagnósticos, segundo Auriemo.
O grupo pretende procurar associações semelhantes com laboratórios das principais cidades do
Sul e Sudeste do país.
No mês passado, foi anunciado
que o fundo de investimentos Patrimônio Private Equity investirá
US$ 100 milhões na Delboni nos
próximos cinco anos. Entre os sócios do Patrimônio Private Equity
estão o Latin American Health
Care Fund e o Chase Capital Partners, do Chase Manhattan.
Essa operação despertou o temor de outros laboratórios acerca
de um possível processo de concentração no setor. Segundo o
presidente do Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica), Gesner Oliveira, a fusão
entre Delboni e Lavoisier não fere
a lei de defesa da concorrência,
que informa que a nova empresa
não deve faturar acima de R$ 400
milhões e nem dominar 20% do
mercado. "Mas, se houver alguma
prática de concorrência desleal,
como divisão de mercado, o Cade
poderá intervir."
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