|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Pacote para baixar juro não anima mercado
da Reportagem Local
Os mercados financeiros adotaram a neutralidade em relação
ao pacote de medidas anunciado
ontem pelo governo para reduzir
as taxas de juros ao consumidor.
Se alguns pontos surpreenderam, outros decepcionaram, o
que deixou o cenário inalterado,
segundo analistas do mercado.
Eles esperavam queda no compulsório à vista, de 65% para
55%, o que não aconteceu. Para
esses analistas, a redução no
compulsório a prazo não aumenta a receita do sistema financeiro.
A Bolsa de Valores de São Paulo
operou durante quase todo o dia
com pequena alta, influenciada
por Nova York. O índice Bovespa
apresentou valorização de apenas
33 pontos (0,28%), com volume
negociado de R$ 302,37 milhões.
O mercado de câmbio também
não apresentou nenhum sinal de
impacto com a divulgação das
medidas para reduzir a taxa de
juros e manteve a tendência de
alta paulatina da cotação.
Ontem, o dólar comercial fechou o dia sendo negociado a R$
1,968, uma valorização de 0,40%
em relação a anteontem.
"Não há movimento especulativo. Sem atuação do BC, hoje é o
mercado que está dando liquidez
ao mercado, por isso está faltando moeda", explicou um operador de mesa de câmbio de um
grande banco estrangeiro.
Os analistas acreditam que o
mercado manterá essa tendência
nos próximos dias.
Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou com valorização de 54,4 pontos (0,53%), recuperando em parte as perdas de
mais de 4% registradas nesta semana.
No mercado de juros, as projeções das taxas futuras na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros) também chegaram ao final
do pregão com ligeira alta em relação a anteontem.
Nos contratos futuros de DI
com vencimento em janeiro de
2000, os mais negociados, a projeção do juro para o final de dezembro ficou em 20,50% ao ano,
superior aos 20,44% ajustados
anteontem.
Os C-Bonds, títulos da dívida
brasileira mais negociados no exterior, terminaram o dia com alta
de 0,65% em relação à quarta-feira. Os papéis foram cotados a
64,1% de seu valor de face.
(MAURO TEIXEIRA)
Texto Anterior: Agricultura: Dívida de R$ 260 mi de cafeicultor é refinanciada Próximo Texto: Denúncia: Instituto da Argentina é acusado de fraudar dados Índice
|