São Paulo, Sexta-feira, 15 de Outubro de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Pacote para baixar juro não anima mercado

da Reportagem Local

Os mercados financeiros adotaram a neutralidade em relação ao pacote de medidas anunciado ontem pelo governo para reduzir as taxas de juros ao consumidor.
Se alguns pontos surpreenderam, outros decepcionaram, o que deixou o cenário inalterado, segundo analistas do mercado.
Eles esperavam queda no compulsório à vista, de 65% para 55%, o que não aconteceu. Para esses analistas, a redução no compulsório a prazo não aumenta a receita do sistema financeiro.
A Bolsa de Valores de São Paulo operou durante quase todo o dia com pequena alta, influenciada por Nova York. O índice Bovespa apresentou valorização de apenas 33 pontos (0,28%), com volume negociado de R$ 302,37 milhões.
O mercado de câmbio também não apresentou nenhum sinal de impacto com a divulgação das medidas para reduzir a taxa de juros e manteve a tendência de alta paulatina da cotação.
Ontem, o dólar comercial fechou o dia sendo negociado a R$ 1,968, uma valorização de 0,40% em relação a anteontem.
"Não há movimento especulativo. Sem atuação do BC, hoje é o mercado que está dando liquidez ao mercado, por isso está faltando moeda", explicou um operador de mesa de câmbio de um grande banco estrangeiro.
Os analistas acreditam que o mercado manterá essa tendência nos próximos dias.
Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou com valorização de 54,4 pontos (0,53%), recuperando em parte as perdas de mais de 4% registradas nesta semana.
No mercado de juros, as projeções das taxas futuras na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) também chegaram ao final do pregão com ligeira alta em relação a anteontem.
Nos contratos futuros de DI com vencimento em janeiro de 2000, os mais negociados, a projeção do juro para o final de dezembro ficou em 20,50% ao ano, superior aos 20,44% ajustados anteontem.
Os C-Bonds, títulos da dívida brasileira mais negociados no exterior, terminaram o dia com alta de 0,65% em relação à quarta-feira. Os papéis foram cotados a 64,1% de seu valor de face. (MAURO TEIXEIRA)

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