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CRISE NO AR
Valor se refere à dívida com a GE, que requereu a falência da aérea
Vasp deposita R$ 9 milhões em juízo
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Vasp não corre mais o risco de
quebrar devido ao pedido de falência feito pela GE (General Eletric). Isso porque, após uma tentativa malsucedida de negociação,
a companhia depositou em juízo
os R$ 9 milhões de dívidas com
manutenção de turbinas.
Anteontem, a aérea foi citada
por fax pela Justiça do pedido, e
ontem apresentou defesa contestando o valor dos débitos alegados pela GE. O depósito em juízo
foi feito para evitar a falência: se a
Justiça der ganho à GE, a Vasp
não terá sua falência decretada
porque o dinheiro foi depositado.
Apesar de afastar o risco de quebra, o pedido pode causar uma
corrida de credores abrindo requerimentos de falência para receberem da aérea.
A aérea chegou a tentar negociar o pagamento da dívida com a
GE para que esta retirasse o pedido de falência, mas, segundo a Folha apurou, a empresa não aprovou a proposta da aérea. Desde
2001, a Vasp não realiza manutenção de suas turbinas com a GE.
O instituto de defesa do consumidor Decide entrou com uma
ação contra o DAC, afirmando
que o órgão não fiscaliza corretamente as aeronaves da Vasp.
Anteontem, a Infraero (estatal
que administra os aeroportos) determinou que a Varig, que tem dívida de R$ 108 milhões em taxas
aeroportuárias, tem até o final de
outubro para apresentar uma
proposta de pagamento da dívida,
senão será obrigada, como a
Vasp, a fazer pagamentos diários
para usar os aeroportos. A estatal
informou que a Vasp pagou ontem, pelo segundo dia consecutivo, R$ 63 mil em taxas.
A 1ª Turma do STJ (Superior
Tribunal de Justiça) deverá concluir na próxima terça-feira o julgamento do processo em que a
Varig tenta receber do governo federal indenização estimada em
pelo menos R$ 2 bilhões.
O setor aéreo trava batalha judicial com a União por indenizações bilionárias, sob alegação de
que sofreu perdas com planos
econômicos, em razão do controle de preços das passagens aéreas
entre 1985 e 1992. As empresas
sustentam que são concessionárias e que a União comprometeu
o equilíbrio econômico-financeiro do contrato ao impor uma política tarifária insuficiente.
Ontem, a Gol divulgou que adicionará mais seis aeronaves à sua
frota neste quarto trimestre do
ano, ou seja, duas a mais do que a
última previsão.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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