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Chile reduz juros a bancos
das agências internacionais
O Banco Central do Chile reduziu em dois pontos percentuais a taxa de juros cobrada
nos empréstimos a bancos comerciais do país.
A decisão, tomada na terça-feira, ameniza a medida de 16
de setembro, quando o Banco
Central aumentou a mesma taxa de 8,5% para 14%. A expectativa, no momento, era tranquilizar o mercado, diminuindo o ritmo dos negócios.
Com a baixa dos juros, o empresariado chileno tem sua
preocupação atenuada com relação a uma possível recessão
no país.
Porém o ministro da Fazenda
do Chile, Eduardo Aninat, disse ontem que a queda da taxa
não significa que o governo vá
relaxar quanto ao ajuste econômico que vem realizando.
Isso porque a balança comercial chilena registrou, em setembro, um déficit de US$
263,8 milhões, o que vem se repetindo desde o final do ano
passado.
O número é alarmante, especialmente porque a principal
atividade econômica do Chile
são as exportações.
O aumento dos juros em setembro fez com que os gastos
do Chile diminuíssem. Com a
queda de 12,8% nas importações, baixou a inflação, que deverá ficar em até 5% este ano, e
o dólar se estabilizou.
A medida fez parte do plano
econômico criado pelo Banco
Central para conter os efeitos
da crise financeira dos mercados da Ásia, destino de cerca de
um terço das exportações do
Chile.
Com a desaceleração da economia provocada pelo plano
do Banco Central, deverá haver
a queda do crescimento econômico do país, com a saída de
US$ 1,7 bilhão.
Também poderá aumentar o
nível do desemprego, que em
setembro alcançou 6,4% da
força de trabalho.
A taxa reduzida na terça-feira
é a base do Banco Central para
negociações de empréstimos
com bancos e para as variações
das operações financeiras do
mercado.
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