São Paulo, quinta, 15 de outubro de 1998

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Chile reduz juros a bancos

das agências internacionais

O Banco Central do Chile reduziu em dois pontos percentuais a taxa de juros cobrada nos empréstimos a bancos comerciais do país.
A decisão, tomada na terça-feira, ameniza a medida de 16 de setembro, quando o Banco Central aumentou a mesma taxa de 8,5% para 14%. A expectativa, no momento, era tranquilizar o mercado, diminuindo o ritmo dos negócios.
Com a baixa dos juros, o empresariado chileno tem sua preocupação atenuada com relação a uma possível recessão no país.
Porém o ministro da Fazenda do Chile, Eduardo Aninat, disse ontem que a queda da taxa não significa que o governo vá relaxar quanto ao ajuste econômico que vem realizando.
Isso porque a balança comercial chilena registrou, em setembro, um déficit de US$ 263,8 milhões, o que vem se repetindo desde o final do ano passado.
O número é alarmante, especialmente porque a principal atividade econômica do Chile são as exportações.
O aumento dos juros em setembro fez com que os gastos do Chile diminuíssem. Com a queda de 12,8% nas importações, baixou a inflação, que deverá ficar em até 5% este ano, e o dólar se estabilizou.
A medida fez parte do plano econômico criado pelo Banco Central para conter os efeitos da crise financeira dos mercados da Ásia, destino de cerca de um terço das exportações do Chile.
Com a desaceleração da economia provocada pelo plano do Banco Central, deverá haver a queda do crescimento econômico do país, com a saída de US$ 1,7 bilhão.
Também poderá aumentar o nível do desemprego, que em setembro alcançou 6,4% da força de trabalho.
A taxa reduzida na terça-feira é a base do Banco Central para negociações de empréstimos com bancos e para as variações das operações financeiras do mercado.



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