DA REDAÇÃO

Os preços no atacado norte-americano subiram, em outubro, no ritmo mais acelerado em sete meses, afastando o risco de um processo deflacionário no país. Em outra boa notícia, houve uma nova recuperação na confiança dos consumidores e a produção industrial voltou a crescer.
De acordo com relatório do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou alta de 0,8% no mês passado, depois de ter ficado em 0,3% em setembro.
O núcleo do índice (em que não entram as variações das voláteis categorias de energia e alimentos) avançou 0,5%. Essa também foi a maior alta em sete meses.
O aumento nos preços ficou acima das expectativas e reflete o reaquecimento econômico do país, inclusive nos investimentos. Equipamentos de telecomunicação tiveram alta de 0,8%, e os bens de capital subiram 0,6%.
A deflação era uma das preocupações do Federal Reserve (banco central dos EUA), manifestada em declarações de suas autoridades e nas atas das reuniões do comitê de política monetária. O Fed citava o risco ("ainda que pequeno") de queda nos preços como um dos motivos que o levaram a reduzir os juros para 1% ao ano, o menor patamar desde 1958.
A pergunta dos analistas agora é se ocorrerá alguma alteração da política do Fed na próxima reunião do comitê de seus diretores, no começo do mês que vem.
Apesar da aceleração nos reajustes de preços, a expectativa é que os juros permaneçam nos atuais patamares até pelo menos meados do ano que vem.
Anthony Santomero, presidente do Federal Reserve de Filadélfia, afirmou ontem que não há necessidade iminente de uma elevação nas taxas. "A principal questão é permitir que a economia cresça", disse.
O índice preliminar de confiança dos consumidores da Universidade de Michigan subiu para 93,5 pontos no começo deste mês. Em outubro, o indicador ficou em 89,6 pontos. Já a produção industrial teve um avanço de 0,2% no mês passado, depois de um ganho de 0,5% em setembro.