São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007

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Contratações chegam a 1,81 mi no ano e superam o recorde de 2004

Ministro eleva para 1,65 mi expectativa de geração de postos formais no ano

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O mercado de trabalho formal já criou 1,812 milhão de vagas neste ano. Impulsionado pelo setor de serviços e pela indústria da transformação, o emprego com carteira assinada registrou, nos primeiros dez meses de 2007, o melhor desempenho da série histórica elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Os números superam o resultado acumulado entre janeiro e outubro de 2004, que é considerado "o ano de ouro" do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). No período, havia sido contratado 1,796 milhão de trabalhadores formais.
Diante do bom desempenho do mercado, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) elevou para 1,65 milhão sua expectativa para a geração de postos formais no ano. A previsão anterior ficava entre 1,55 milhão e 1,60 milhão. O otimismo do ministro o levou a projetar a criação de mais de 100 mil postos neste mês e um nível menor de demissões em dezembro.
Historicamente, em dezembro há retração no mercado de trabalho. "Novembro será surpreendente e em dezembro a queda será a menor da história. Não é só palpitódromo. Os dados do Caged podem até serem mais otimistas do que eu e o número do ano pode até superar 1,65 milhão", disse Lupi.
Em outubro, foram gerados 205.260 postos com registro em carteira -recorde para o mês. O melhor resultado anterior fora registrado em 2004, com a geração de 130.159 postos formais. Os empregos no setor de serviços foram destaque tanto no mês como no ano.
Em outubro, as contratações superaram as demissões em 67.751 postos, enquanto o saldo de 2007 chega a 565.476 vagas. Na avaliação do MTE, os segmentos de hotelaria, bares e restaurantes vêm puxando esse crescimento, pois estão em fase de preparação para as festas de final de ano.
O economista da LCA Consultores Fábio Romão classificou de robusto o número de empregos gerados em outubro e afirma que o resultado ultrapassou as expectativas. Para ele, no entanto, uma boa parte desses postos formais representa a formalização de trabalhadores.
"Analisando os dados recentes da Pesquisa Mensal de Emprego, estamos vendo que há redução no número de trabalhadores informais e aumento dos formais. Há uma transferência", disse.
Romão também destaca que a projeção de Lupi para o ano é exagerada, mas reconhece que os dados de 2007 serão os melhores da série histórica.
"Já estamos nos preparando para refazer nossas projeções. Não creio que o 1,65 milhão previsto pelo ministro seja atingido, mas certamente ficará acima do saldo de 2004."


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