São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007

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Bolsa de SP sobe 2,71%, e dólar recua para R$ 1,734

Inflação menor ao produtor nos EUA anima investidores

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado doméstico tem atravessado uma semana de muito sobe-e-desce. Após as perdas expressivas da Bolsa e a apreciação do dólar na segunda-feira, os últimos dois pregões foram positivos. Ontem, a Bovespa se valorizou mais 2,71% e, com a alta de terça, anulou a queda de 4,34% de segunda. O dólar teve baixa forte de 1,81% e desceu a R$ 1,734, em sua menor cotação desde março de 2000.
Dos EUA, vieram sinais econômicos positivos, como o resultado do PPI (inflação ao produtor do país), que subiu apenas 0,1% em outubro, contra alta de 1,1% no mês anterior. Houve também a divulgação do aumento de 5,5% nas solicitações de empréstimos imobiliários na semana passada.
Em Londres, a Bolsa subiu 1,1%, apoiada no setor bancário.
Apesar do impacto negativo dos ativos do setor de crédito imobiliário, o gigante HSBC conseguiu compensar seus resultados com o aumento das receitas. A informação foi bem recebida, e as ações do HSBC se valorizaram em 2,8%. Outros bancos britânicos se destacaram no pregão: os papéis do Royal Bank of Scotland subiram 2,02%, e os do Barclays, 1,14%.
O mercado acionário americano acabou perdendo força na última hora de pregão.
Depois de subir 0,5%, o índice Dow Jones encerrou o dia com baixa de 0,57%.
Hoje, enquanto o mercado doméstico estiver fechado devido ao feriado da Proclamação da República, será apresentado nos EUA o CPI (índice de preços ao consumidor americano). Se o indicador apontar enfraquecimento acima do esperado na inflação, os mercados podem se animar. Preços sob controle elevam as chances de o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) voltar a reduzir os juros básicos americanos, o que costuma ser favorável às Bolsas de Valores.

Dólar cada vez menor
Sem nuvens no cenário externo, o dólar tem demonstrado que não tem piso. As intervenções do Banco Central, que tem comprado dólares diariamente no mercado, não têm força para conter a queda da moeda -como ocorreu ontem, com a autoridade monetária adquirindo cerca de US$ 200 milhões e o dólar recuando. A moeda registra depreciação de 18,9% no ano.
A entrada forte de recursos externos na Bolsa de Valores tem sido um dos fatores que têm forçado a apreciação do real. Os estrangeiros já trouxeram R$ 38,87 bilhões líquidos para a Bovespa em 2007, principalmente para comprar novas ações. Com o dólar se aproximando de R$ 1,70, os agentes do mercado contam com a possibilidade de o governo anunciar em breve novas medidas que ajudem a segurar o dólar.


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