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Bolsa de SP sobe 2,71%, e dólar recua para R$ 1,734
Inflação menor ao produtor nos EUA anima investidores
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado doméstico tem
atravessado uma semana de
muito sobe-e-desce. Após as
perdas expressivas da Bolsa e a
apreciação do dólar na segunda-feira, os últimos dois pregões foram positivos. Ontem, a
Bovespa se valorizou mais
2,71% e, com a alta de terça,
anulou a queda de 4,34% de segunda. O dólar teve baixa forte
de 1,81% e desceu a R$ 1,734,
em sua menor cotação desde
março de 2000.
Dos EUA, vieram sinais econômicos positivos, como o resultado do PPI (inflação ao produtor do país), que subiu apenas 0,1% em outubro, contra alta de 1,1% no mês anterior.
Houve também a divulgação do
aumento de 5,5% nas solicitações de empréstimos imobiliários na semana passada.
Em Londres, a Bolsa subiu
1,1%, apoiada no setor bancário.
Apesar do impacto negativo
dos ativos do setor de crédito
imobiliário, o gigante HSBC
conseguiu compensar seus resultados com o aumento das receitas. A informação foi bem recebida, e as ações do HSBC se
valorizaram em 2,8%. Outros
bancos britânicos se destacaram no pregão: os papéis do Royal Bank of Scotland subiram
2,02%, e os do Barclays, 1,14%.
O mercado acionário americano acabou perdendo força na
última hora de pregão.
Depois de subir 0,5%, o índice Dow Jones encerrou o dia
com baixa de 0,57%.
Hoje, enquanto o mercado
doméstico estiver fechado devido ao feriado da Proclamação
da República, será apresentado
nos EUA o CPI (índice de preços ao consumidor americano).
Se o indicador apontar enfraquecimento acima do esperado
na inflação, os mercados podem se animar. Preços sob controle elevam as chances de o
Fed (Federal Reserve, o banco
central dos EUA) voltar a reduzir os juros básicos americanos,
o que costuma ser favorável às
Bolsas de Valores.
Dólar cada vez menor
Sem nuvens no cenário externo, o dólar tem demonstrado que não tem piso. As intervenções do Banco Central, que
tem comprado dólares diariamente no mercado, não têm
força para conter a queda da
moeda -como ocorreu ontem,
com a autoridade monetária
adquirindo cerca de US$ 200
milhões e o dólar recuando. A
moeda registra depreciação de
18,9% no ano.
A entrada forte de recursos
externos na Bolsa de Valores
tem sido um dos fatores que
têm forçado a apreciação do
real. Os estrangeiros já trouxeram R$ 38,87 bilhões líquidos
para a Bovespa em 2007, principalmente para comprar novas ações. Com o dólar se aproximando de R$ 1,70, os agentes
do mercado contam com a possibilidade de o governo anunciar em breve novas medidas
que ajudem a segurar o dólar.
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