São Paulo, quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

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Leilão da Cesp pode ocorrer em fevereiro, diz governo

Não há valor definido, mas deve superar R$ 14 bilhões

MARINA GAZZONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O leilão de privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) será realizado a partir do dia 20 de fevereiro, informou ontem o secretário-adjunto da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, George Tormin, em audiência pública na Bovespa. A oferta inicial para a venda ainda não foi definida, mas analistas estimam que o preço ficará entre R$ 14 bilhões e R$ 20 bilhões.
O edital para a privatização será divulgado até o dia 8 de fevereiro e não serão realizadas novas audiências públicas para discutir o processo.
O procurador do Estado de São Paulo, Mário Engler Pinto Júnior, disse que os acionistas minoritários terão direito ao "tag along" de 100% -quando o pequeno investidor recebe o prêmio integral pago aos controladores no caso de venda da empresa. Segundo Pinto, apenas as ações preferenciais "B" serão beneficiadas, já as PNA não vão receber o "tag along".
O presidente da Cesp, Guilherme Toledo, disse que não constará no contrato de venda a exigência de elevar a produção em 15%, como nos contratos de privatização de companhias elétricas em 1998.
Segundo Toledo, as concessões das usinas expiram até 2015, mas a única que teve um pedido de renovação encaminhado foi a de Porto Primavera, que expira em maio.
A audiência pública foi marcada por protestos do Sinergia/CUT (Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo) com alto-falantes em frente à Bovespa. Segundo o secretário-geral da entidade, Gentil de Freitas, cerca de 1.300 funcionários da Cesp paralisaram as atividades enquanto durou a audiência pública. A Cesp não confirmou a paralisação.


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