da Reportagem Local

Os antigos sapateiros persistem em pleno final do século 20. Fazem calçados sob encomenda -em prazo nunca inferior a 15 dias- e adaptados ao pé de cada cliente.
Resolvem problemas que a grande indústria não apresenta soluções, como pés de tamanhos diferentes, com joanetes ou calos.
Ajudam em truques. ``Com o sapato, dá para crescer o cliente em até três centímetros'', diz Renzo Nalon, da Pellegrini.
Explica-se: os sapateiros fazem saltos um pouco mais altos que o normal, ou colocam um pequeno salto dentro do sapato, garantindo, assim, o aumento da altura.

Personalizado
O atendimento é personalizado e vale, inclusive, para quem tem os pés perfeitos, diz Adriano Crivello, da Sapataria Adriano.
O primeiro passo do sapateiro é desenhar, numa folha de papel, os pés do cliente. Para medi-lo, o mestre usa o ``pés'' (um centímetro próprio para o artesão, que marca o ponto e o meio-ponto).
Também são medidos a circunferência, a planta, altura e o peito do pé. O joanete, que tanto incomoda, ganha espaço no molde e, garantem os sapateiros, não será ``espremido'' no novo calçado.
Depois, o cliente escolhe o modelo do sapato e o material. As empresas trabalham com couro (nacional e importado) e com pelica.
O passo seguinte é fazer um molde do sapato, a partir das medidas de cada pé, e montar o calçado.
O preço varia de R$ 120 a R$ 350, e o modelo fica pronto entre 15 e 40 dias. Prazos e preços variam conforme o sapateiro.


Onde encontrar - Pellegrini, r. Conselheiro Ramalho, 599, tel. (011) 285-4265; Adriano, al. Itú, 1.136, tel. (011) 852-6956; Casa Busso, r. Major Sertório, 452, tel. (011) 256-9435.

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