São Paulo, terça-feira, 16 de março de 2004

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COMÉRCIO EXTERIOR

Mercado já espera saldo de US$ 23 bi em 2004; ritmo de alta de importações supera o de exportações em março

Superávit da balança chega a US$ 4,5 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em março, pela primeira vez no ano, as importações crescem num ritmo mais rápido do que o das exportações. O resultado, no entanto, não comprometeu o bom desempenho da balança comercial neste ano.
Do início do ano até a semana passada, o país acumulou um superávit comercial de US$ 4,481 bilhões, 62,3% a mais que o saldo registrado no mesmo período de 2003 (US$ 2,761 bilhões).
Nas duas primeiras semanas deste mês, o Brasil comprou do exterior US$ 247,3 milhões por dia, um valor 26,9% maior que a média diária de março de 2003. As vendas diárias para o exterior, por outro lado, cresceram 22,7% e alcançaram US$ 338,4 milhões.
Devido ao bom resultado nos dois primeiros meses de 2004, no acumulado do ano, o ritmo de crescimento das vendas continua superior ao das compras. A média diária de exportações cresceu 27,8% desde o início do ano, e a das importações, 16,4%.
No total, o país exportou US$ 14,906 bilhões e importou US$ 10,425 bilhões desde janeiro. Só neste mês, as vendas somam US$ 3,384 bilhões, e as importações, US$ 2,473 bilhões. O saldo em março está em US$ 911 milhões. Se o ritmo de aumento das compras se mantiver acima do das vendas, o saldo de março será menor que o do mesmo mês de 2003.
Um ritmo mais acelerado das importações já era esperado. No final de 2003, o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) já dizia que as importações cresceriam mais rapidamente que as exportações em 2004.
De acordo com as análises de Furlan, a retomada do crescimento econômico estimularia as compras externas, que ficaram deprimidas no ano passado. Ainda é cedo para afirmar que o resultado de março já é reflexo de uma economia mais aquecida.

Focus
O mercado financeiro espera que o superávit da balança comercial neste ano feche em US$ 23 bilhões, segundo pesquisa semanal do Banco Central feita na semana passada. Pesquisa feita duas semanas antes estimava esse saldo em US$ 22 bilhões.
Com relação aos juros, o mercado espera queda somente em abril. A expectativa é que a taxa de 16,5% ao ano seja mantida na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) neste ano. Há duas semanas, o mercado esperava queda de juros em março. A decisão do Copom sai amanhã.


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