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COMÉRCIO EXTERIOR
Mercado já espera saldo de US$ 23 bi em 2004; ritmo de alta de importações supera o de exportações em março
Superávit da balança chega a US$ 4,5 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em março, pela primeira vez no
ano, as importações crescem num
ritmo mais rápido do que o das
exportações. O resultado, no entanto, não comprometeu o bom
desempenho da balança comercial neste ano.
Do início do ano até a semana
passada, o país acumulou um superávit comercial de US$ 4,481 bilhões, 62,3% a mais que o saldo
registrado no mesmo período de
2003 (US$ 2,761 bilhões).
Nas duas primeiras semanas
deste mês, o Brasil comprou do
exterior US$ 247,3 milhões por
dia, um valor 26,9% maior que a
média diária de março de 2003. As
vendas diárias para o exterior, por
outro lado, cresceram 22,7% e alcançaram US$ 338,4 milhões.
Devido ao bom resultado nos
dois primeiros meses de 2004, no
acumulado do ano, o ritmo de
crescimento das vendas continua
superior ao das compras. A média
diária de exportações cresceu
27,8% desde o início do ano, e a
das importações, 16,4%.
No total, o país exportou US$
14,906 bilhões e importou US$
10,425 bilhões desde janeiro. Só
neste mês, as vendas somam US$
3,384 bilhões, e as importações,
US$ 2,473 bilhões. O saldo em
março está em US$ 911 milhões.
Se o ritmo de aumento das compras se mantiver acima do das
vendas, o saldo de março será menor que o do mesmo mês de 2003.
Um ritmo mais acelerado das
importações já era esperado. No
final de 2003, o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento)
já dizia que as importações cresceriam mais rapidamente que as
exportações em 2004.
De acordo com as análises de
Furlan, a retomada do crescimento econômico estimularia as compras externas, que ficaram deprimidas no ano passado. Ainda é
cedo para afirmar que o resultado
de março já é reflexo de uma economia mais aquecida.
Focus
O mercado financeiro espera
que o superávit da balança comercial neste ano feche em US$
23 bilhões, segundo pesquisa semanal do Banco Central feita na
semana passada. Pesquisa feita
duas semanas antes estimava esse
saldo em US$ 22 bilhões.
Com relação aos juros, o mercado espera queda somente em
abril. A expectativa é que a taxa de
16,5% ao ano seja mantida na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) neste ano.
Há duas semanas, o mercado esperava queda de juros em março.
A decisão do Copom sai amanhã.
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